Léa Garcia, de 90 anos, morreu nesta terça-feira (15). A atriz estava em Gramado, onde seria homenageada pelo Festival de Cinema com o troféu Oscarito. A informação foi confirmada pelos familiares da de Lea nas redes sociais.
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“É com pesar que nós familiares informamos o Falecimento agora na cidade de Gramado no @festivaldecinemadegramado da nossa amada Léa Garcia”, escreveram.
A 51ª edição iniciou no último sábado (12) e Léa estava na cidade gaúcha desde então. Nas redes sociais, ela postou uma foto ao lado do troféu Kikito.
A atriz receberia o troféu Oscarito ao lado de Laura Cardoso. Léa Garcia possui uma história antiga com Gramado, conquistando quatro Kikitos com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto.
Na TV Globo, Léa esteve no elenco de novelas como “Selva de pedra”, de Janete Clair, exibida em 1972, e “Escrava Isaura”, de 1976. Na obra de Bernardo Guimarães, adaptada por Gilberto Braga, a atriz viveu a primeira vilã e sofreu ameaças nas ruas.
“Escrava Isaura é o meu cartão de visitas. Tive muitas dificuldades em fazer cenas de maldade com a Lucélia Santos. Eu me lembro de uma cena em que, quando a Rosa (personagem de Léa) acabou de fazer todas as perversidades com a Isaura, eu tive uma crise se choro, me pegou muito forte. Chorei muito, não com pena, mas porque me tocou”, contou a atriz ao “Memória Globo”.
Ela possuía no currículo mais de 100 produções, incluindo cinema, teatro e televisão, e continuava no pleno exercício da profissão. Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.
Léa deixa três filhos, três netos, dois bisnetos e uma tataraneta.
Fonte: POLÍCIA 24H