Músico também tocou em “Imagine” de John Lennon e com George Harrison
Alan White, o baterista do Yes e membro que mais tempo ficou na banda, morreu nesta quinta-feira (26) aos 72 anos, depois de, segundo o pronunciamento oficial, uma rápida luta contra uma doença, que não foi especificada. A notícia chega três dias após do anúncio de que White não poderia se apresentar na próxima turnê da lendária banda de rock progressivo, que iria celebrar os 50 anos do álbum “Close To The Edge”.
White não era o baterista original do quinteto. Ele entrou no grupo em 1972 depois que Bill Brufford decidiu se juntar ao King Crimson, assim que as sessões de gravação de “Close To The Edge” se encerraram.
Ao lado do baixista fundador Chris Squire, morto em 2015, ele foi o único integrante que jamais deixou a banda, que teve apenas dois curtos períodos de inatividade (durante o ano de 1982 e entre 2005 e 2007).
Entre os álbuns mais marcantes em que ele tocou estão “Tales From Topographic Oceans” (1973), “Relayer” (1975), “Going For The One” (1977) e “90125” (1983), que trouxe o som da banda para os anos 80 e lhes trouxe um novo público graças ao hit “Owner Of A Lonely Heart“. White estava no palco no show de encerramento do primeiro Rock In Rio, em 20 de janeiro de 1985, e era membro do Rock And Roll Hall of Fame desde 2017.
Antes de se juntar ao Yes, Alan White tocou em grupos de pouca expressão e se tornou músico de estúdio. Em 1969, ele tirou a sorte grande ao ser chamado por John Lennon, que viu o baterista tocando em um clube, para se juntar à banda que iria acompanhá-lo no Toronto Peace Festival ao lado de, entre outros, Eric Clapton na guitarra.
Lennon logo o apresentou a George Harrison que o convidou para tocar em algumas músicas de “All Things Must Pass”, seu primeiro discos pós-Beatles. Com Lennon, ele gravou o single “Instant Karma” (1970) e quase todas as músicas do álbum “Imagine” (1971), incluindo a faixa-título.