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Medida provisória vai prever obrigatoriedade de vacinação dos beneficiários do Bolsa Família

Medida provisória vai prever obrigatoriedade de vacinação dos beneficiários do Bolsa Família

Medida provisória vai prever obrigatoriedade de vacinação dos beneficiários do Bolsa Família
( Foto: Reprodução )

Declaração foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou que apresentará na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a medida provisória que vai prever a exigência de vacinação dos beneficiários do Bolsa Família. A proposta é reestruturar o programa de transferência de renda.

De acordo com o titular, a medida provisória vai conter os requisitos para receber o benefício e as contrapartidas, como matrícula na escola e carteira de vacinação dos filhos, além das opções de saque e débito nos cartões recebidos pelos beneficiários.

“Nós queremos, na volta do presidente dessa viagem aos Estados Unidos, já ter uma proposta para apresentar a ele e, partir daí, ter a definição dos passos seguintes”, disse Dias. “Você precisa ter um valor por pessoa mínimo para que ele [o beneficiário] ultrapasse o limite da extrema pobreza”, acrescentou.

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O ministro sugeriu, ainda, alteração na dinâmica do pagamento, mas sem dar mais detalhes — atualmente, o programa paga R$ 600 e, a partir de março, vai repassar um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos.

“Quando se estabeleceu [o valor de] R$ 600, se levou em conta que havia uma média de três pessoas por família. Portanto, repassando R$ 600, isso seria o valor adequado. Entendemos, inclusive, que cabe alguma atualização”, detalhou. “Ocorre que, se eu tenho um beneficiário, que é uma pessoa só, ele recebe R$ 600. A média para este caso é R$ 600. Se tem uma família com 10 pessoas recebendo R$ 600, o per capita é R$ 60. Você transfere renda, mas não tira da extrema pobreza”, completou.

As declarações foram dadas pelo ministro durante conversa com os jornalistas após cerimônia na Caixa. Estava prevista a participação de Lula, mas o presidente não compareceu.

Irregularidades

Em janeiro, o ministro do Desenvolvimento e Assitência Social, Família e Combate à Fome havia dito que o governo ia fazer um pente-fino no programa. Segundo Dias, cerca de 10 milhões de famílias precisarão se recadastrar por falta de informações, mas que a prioridade do governo são 2,5 milhões de casos com indícios de fraude.

Ao ser questionado na ocasião sobre eventual mudança no orçamento do programa com o recadastramento, Dias disse acreditar que há mais famílias irregulares que deixarão de receber o benefício do que pessoas aptas a entrar na lista de beneficiários. Caso se confirme esse cenário, o impacto fiscal não aumentaria. O ministro ponderou, porém, que é preciso aguardar a atualização do Cadastro Único de programas sociais do governo federal.

Houve um crescimento de famílias unipessoais [formadas por apenas uma pessoa] fora de qualquer proposta. Então, tem um indício de irregularidade. E o recadastramento com certeza vai nos dar a segurança para quem tiver irregular sair”, afirmou Dias na época.

( Por:  Plínio Aguiar, do R7, em Brasília )

Fonte: R7.COM

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