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Marcha das Margaridas ocupa Senado Federal

Marcha das Margaridas ocupa Senado Federal
(Foto: © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Nesta terça-feira (15), centenas de mulheres participantes da 7ª Marcha das Margaridas blankblankocuparam o plenário do Senado Federal, em sessão extraordinária em homenagem ao evento.  blankblank

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A sessão foi requerida e presidida pelo senador Beto Faro (PT-PA) que discursou sobre dupla jornada feminina e direitos fundamentais. “Não deveria ser assim, mas, segurança alimentar, moradia renda, uma vida sem violências, ainda blankblanksão privilégios de uma minoria, apesar de compor direitos universais previstos na Constituição Federal. A responsabilidade de mudar esse cenário é de todos os brasileiros e brasileiras, mas principalmente de nós, representantes eleitos pelo voto direto da população”, afirmou o parlamentar. blankblank

Na tribuna do Senado, a coordenadora-geral da Marcha das Margaridas e secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a piauiense Mazé Morais, comparou o plenário da casa a um jardim florido de margaridas. Mazé lamentou que poucas vezes espaços blankblankcomo o do Congresso Nacional blankblankrecebem as mulheres, em especial, as negras e pobres, e por isso, a data de hoje foi celebrada por ela. “Marchamos por democracia, soberania popular, poder e participação política das mulheres. Por isso, valorizamos esse espaço no qual estamos sendo recebidas agora. Nele queremos afirmar que somos solidárias às companheiras [parlamentares] que enfrentam constantemente a tentativa de silenciamento e de intimidação, como forma de violência, porém, não se cala e nem foge da luta, como disse Margarida Alves”, enfatiza a coordenadora. blankblank

“A desigualdade social brasileira é preta e tem corpo de mulher. Se os nossos corpos existem é porque eles também resistem. E nós queremos que os nossos corpos estejam representados onde se toma a decisão, no lugar de poder, no Estado racista, patriarcal, machista, misógino e que não cabe a mulher. Notadamente se essa mulher for negra, indígena, periférica, do campo, da floresta e das águas”. blankblank

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, celebrou a ocupação de Brasília pelas ‘margaridas’, nesta terça (15) e quarta-feira (16). A ministra relembrou a sanção da lei blankblankde igualdade salarial entre homens e mulheres blankblanke que a pasta, neste ano, seguirá pelo país, em marcha contra a misoginia e o feminicídio para enfrentar o ódio que tem estimulado todos os tipos de violência contra a mulher.

“Nós vamos marchar neste país junto com vocês contra a misoginia, o ódio, contra o feminicídio, contra o estupro e a violência sexual, porque esse é o nosso papel. A marcha é individual e coletiva. E ao governo cabe fazer políticas públicas. E nós vamos fazer política pública blankblanke implementá-las”, declarou a blankblankministra das Mulheres, Cida Gonçalves. blankblank

Sustentabilidade

Em discurso, a representante da Marcha Mundial de Mulheres, Sônia Maria Coelho Gomes Orellana, alertou que a reconstrução do Brasil passa por colocar a sustentabilidade da vida no centro da política. Sônia considera blankblanka mobilização social fundamental para conquistar avanços. “Não vamos reconstruir esse país se não tiver democracia, a mobilização social e, principalmente, a participação e o protagonismo das mulheres negras, das mulheres do campo da floresta e das águas”. blankblank

O ministro do blankblankMinistério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, enumerou as ações do governo federal nos primeiros oito meses de gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltadas às mulheres. blankblank

Paulo Teixeira citou o incremento de recursos federais na assistência técnica rural (Ater) na agricultura comandada por mulheres, no país; no Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae), as compras públicas de alimentos para os órgãos públicos, como hospitais, quarteis das Forças Armadas; o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mulher, o financiamento para compra de pequenos maquinários agrícolas que beneficiam esse público, entre outras. blankblank

“O importante é continuar a marcha para mudar o Brasil e construir o país do bem viver. A revolução é ecológica e é feminina. Por isso, vamos transformar esse país em um lugar mais justo”, reforçou blankblankPaulo Teixeira. blankblank

O senador Paulo Paim (PT-RS) é relator do projeto de lei que registra o nome de Margarida no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria (PLC 63/2018blankblanke será apreciado na sessão plenária blankblank blankblankdesta quarta-feira (16). Sobre a igualdade salarial, o parlamentar gaúcho parabenizou o governo federal pela sanção da lei. “Quem ganhou foram as mulheres, foram os homens e o Brasil ganhou igualmente”. blankblank

Após a sessão solene no Congresso, as margaridas retornaram ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. A programação em curso conta com diversas atividades, como blankblankoficinas temáticas, painéis e rodas de conversa, entre outras. A blankblankpopulação de Brasília pode participar. blankblank

A abertura oficial da Marcha das Margaridas está agendada para 17h, no mesmo local, com a presença confirmada do presidente Lula, ministros e convidados. 

blankFonte: AGÊNCIA BRASILblank

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