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Manifestantes enfrentam polícia no sul da China em novos protestos contra rígidas normas anticovid

Manifestantes enfrentam polícia no sul da China em novos protestos contra rígidas normas anticovid

Manifestantes enfrentam polícia no sul da China em novos protestos contra rígidas normas anticovid
( Foto: Reprodução )

Onda de manifestações foi motivada após 10 pessoas morreram devido a um incêndio em um prédio que estava em confinamento

Manifestantes enfrentaram a polícia na cidade de Guangzhou, sul da China, entre a noite de terça-feira (29) e a manhã desta quarta-feira (30), de acordo com testemunhas e vídeos divulgados nas redes sociais, em um momento de grandes protestos em todo o país contra as restrições provocadas pela pandemia de Covid.

As imagens geolocalizadas pela AFP mostram agentes das forças de segurança com trajes de proteção e escudos avançando em uma rua do distrito de Haizhu, enquanto objetos de vidro eram jogados em sua direção.

Também é possível ouvir os gritos dos manifestantes e observar barricadas com objetos de cor azul e laranja.

O vídeo também mostra o momento da detenção de mais de 10 homens, que são levados com as mãos algemadas.

Um morador de Guangzhou de sobrenome Chen afirmou à AFP que viu quase 100 policiais no vilarejo de Houjiao, no distrito de Haizhu, onde pelo menos três homens foram detidos na terça-feira à noite.

contra as rígidas normas anticovid. A onda de manifestações foi motivada pelo incêndio na semana passada em um prédio que estava em confinamento em Urumqi, na região de Xinjiang (noroeste do país).

O incêndio provocou 10 mortes e gerou uma onda de indignação contra os confinamentos no país devido à pandemia.

Haizhu, um distrito com mais de 1,8 milhão de moradores, registra a maioria dos casos de Covid-19 em Guangzhou. Grande parte da área está sob confinamento desde o fim de outubro.

No início de novembro, manifestantes em Haizhu romperam as barreiras de confinamento e protestaram nas ruas, em uma rara demonstração da irritação dos chineses contra as restrições sanitárias.

Vídeos deste protesto que circularam em 14 de novembro nas redes sociais – e foram verificados pela AFP – mostram centenas de pessoas nas ruas de Haizhu.

Algumas pessoas derrubaram as barreiras instaladas para impedir que os moradores em confinamento saíssem de suas casas.

“Tremendo e chorando”


Vídeos publicados na terça-feira à noite no Weibo, rede social similar ao Twitter na China, mostram longas filas de moradores tentando sair do distrito vizinho de Tianhe.

Uma estudante recebeu a ordem para deixar seu dormitório na universidade e escreveu no Weibo: “Eu pensava que esta seria a época mais feliz da minha vida… Agora recebo uma notificação de emergência 1h00 e acabo tremendo e chorando no corredor às 2h00 e vejo meus colegas fugindo com malas às 3h00. Às 4h00, eu sento sozinha em cima da minha mala e choro, esperando a chegada dos meus pais”.

Fonte: R7.COM

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