Manaus está entre as três capitais que mais reduziu o índice de perdas de água no Brasil. O dado é do Instituto Trata Brasil, em estudo divulgado nas últimas semanas. O estudo leva em consideração dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS – 2022). Com o abastecimento universalizado, a capital amazonense se destaca pelas ações que vem desenvolvendo, como acompanhamento do crescimento vegetativo e investimentos em tecnologias de ponta.
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De acordo com o estudo, entre 2018 e 2022, Manaus teve uma queda de 26% no índice de perdas, saindo de 74,95% para 55,44%. O Brasil, se comparados com padrões internacionais, ainda apresenta distância da fronteira tecnológica em termos de eficiência. Para a diretora-presidente do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, ainda assim, Manaus se destaca pela evolução nos indicadores.
“Quando a gente olha os índices dos últimos anos em Manaus, a gente vê em que 2017 o índice de perdas na distribuição era de 74,6% e 2022, 55,4%. É uma evolução bastante grande, são quase 20 pontos percentuais de redução do índice de perdas na distribuição. Estamos falando de uma média de redução bastante grande, tendo como objetivo seguir nessa redução para atingir o indicador, em 2034, de 25% de perdas, que é o estabelecido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional”, destaca a diretora-presidente.
Na capital amazonense, a regularização do abastecimento de água em comunidades vulneráveis foi um dos principais motivadores para o indicador. “Quando chegamos nestas áreas e regularizamos o abastecimento, conseguimos evitar que essa água seja perdida no processo. Todo esse trabalho também impacta na qualidade dos serviços, pois temos controle da água desde a saída das estações de tratamento até a chegada nas torneiras das pessoas”, destaca o diretor-presidente da concessionária, Diego Dal Magro.
Outro fator que contribui para esta redução, é a tecnologia empregada no monitoramento 24 horas do abastecimento. O funcionamento de toda estrutura, composta por mais de 200 pontos, como as quatro Estações de Tratamento de Água (ETAs), os mais de 50 Centros de Produção de Água Subterrânea (CPAS), 102 reservatórios, 61 pontos de pressão, dentre outros, são acompanhados 24 horas por dia, sem interrupções, por equipes do Centro de Controle Operacional (CCO).
Este tipo de tecnologia tem sido primordial para o aumento da eficiência operacional. De acordo com o gerente operacional, Lineu Machado, a partir do CCO é possível realizar manobras e monitorar a vazão e pressão da água. “Se tiver um reservatório com o limite de água abaixo do esperado, no CCO a equipe consegue acionar a válvula que é automatizada e fazer com que o reservatório encha novamente. Isso é essencial para prever possíveis demandas e agilizar a resolução de qualquer situação que aconteça. Por meio do centro também conseguimos identificar vazamentos, o que otimiza o tempo para as manutenções”, destaca o gerente.
Cenário nacional
Apesar do Brasil estar distante tanto de países desenvolvidos como dos em desenvolvimento, trabalhos como que a Águas de Manaus que vem desenvolvendo, como as melhorias no sistema e aumento da regularização do abastecimento, refletem diretamente nos indicadores.
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“Quando a gente olha o cenário das 100 maiores cidades do Brasil, apesar de o indicador ainda refletir um índice de perdas elevado, a evolução que foi obtida nestes últimos cinco anos foi bastante expressiva e trás um cenário de que se essa redução continuar nesse ritmo, haverá uma possibilidade de se atingir a meta estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional”, destaca a diretora-presidente do Trata Brasil, Luana Pettro.
Fonte: ASCOM/ÁGUAS DE MANAUS
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