Rio – A atriz Maitê Proença, de 65 anos, falou sobre assuntos íntimos em entrevista à revista “Veja”. A artista, que no ano passado assumiu um namoro com a cantora Adriana Calcanhotto, de 57, afirmou que não coloca rótulos em sua sexualidade. Maitê e Adriana Calcanhotto não estão mais juntas.
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“Eu estava com um ser humano. Por acaso aquele ser humano era um ser humano feminino, e aí eu gostava das características daquele ser humano, que era mulher. E é isso, não é nada além disso, não vou botar eu mesma uma tarjeta na testa. As pessoas que façam isso. Eu sou livre”, disse a atriz, que contou que para ela é, sim, diferente se relacionar com homens e se relacionar com mulheres. “Tem diferença, sim. Por isso que é bom, você varia, amplia”, completou.
Maitê Proença também revelou que usou drogas no passado, mas afirmou que na época as pessoas não sabiam que o uso de entorpecentes estava relacionado ao tráfico. “Na minha época, as drogas eram uma forma de autoconhecimento. Elas não estavam ligadas ao tráfico, a gente não sabia, tinha um peso menor nessa coisa das guerras do tráfico. Era uma coisa da era hippie: ‘vamos abrir a consciência e expandir a consciência para que os preconceitos vão embora e entre o amor no lugar’. O amor compreende tudo, eu aceito o outro como ele é, diferente de mim”.
A atriz disse que nunca experimentou as drogas atuais e que não sabe se gostou das que usou no passado. “Nem sei o que as drogas de hoje fazem, porque as que experimentei, não tenho muita prática, foi uma ou outra, nem sei se gostei. Naquela época, elas faziam sentido e, de fato, cumpriram o objetivo de ampliação sensorial e até intelectual, da compreensão do outro”, afirmou.
“Era muita caretice não experimentar, a pessoa tinha que estar muito fechada em si, feito uma ostra. Por que é errado? Você já experimentou? Sempre é a ignorância que faz com que as pessoas julguem algo que elas não conhecem”.
Maitê garantiu que atualmente não faz mais uso de drogas. “Sempre fui muito fraca para drogas e bebida. Meu corpo não dá conta. Hoje em dia minha droga é a saúde, gosto mais. Até gosto de beber, mas tem que ser bem pouquinho. Se eu beber mais de uma taça de vinho, não durmo direito”, disse a atriz, que já usou canabidiol para dormir.
“Tem que liberar tudo, deixar as pessoas verem o que elas precisam. Tudo poderia se beneficiar pelo bom uso, e o bom uso é o uso regulamentado”, finalizou.
Fonte: O DIA
