O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), retornou a Salvador (BA) na tarde desta segunda-feira (20) depois de visitar o litoral norte de São Paulo, atingido por fortes enchentes nesse fim de semana.
Lula viajou à Bahia para passar o carnaval. Ele está hospedado na Base Naval de Aratu, que tem uma praia privada, desde a última sexta-feira (17). Nesta segunda, contudo, ele interrompeu a folga do feriado para sobrevoar a região afetada pelas chuvas.
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O chefe do Executivo foi a São Paulo acompanhado pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Renan Filho (Transportes), Márcio França (Portos e Aeroportos) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).
No litoral paulista, o presidente teve uma reunião com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), uma das cidades mais prejudicadas pelas enchentes. Lula prometeu empenho do governo federal para reconstruir os municípios atingidos.
“Posso garantir que meus ministros, governador, estarão dispostos a conversar para que a gente compartilhe, para que a gente faça uma parceria para recuperar efetivamente, de verdade, o estrago que a chuva fez aqui em São Sebastião”, afirmou.
O Governo de São Paulo decretou estado de calamidade pública, por 180 dias, para ações emergenciais em seis municípios afetados pelas chuvas: Bertioga, Caraguatatuba, Guarujá, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
De acordo com o boletim mais recente divulgado pelo governo paulista sobre as catástrofes causadas pela chuva, ao menos 36 pessoas morreram, sendo 35 em São Sebastião e uma em Ubatuba. A quantidade de desalojados é de pelo menos 1.730. Além disso, ao menos 766 pessoas estão desabrigadas.
Recursos do governo federal
Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o governo federal tem recursos suficientes para contemplar as necessidades dos municípios e não será necessário abrir crédito extraordinário para atender as vítimas.
O Ministério da Integração Nacional, por exemplo, dispõe de R$ 579 milhões para casos de Defesa Civil. A quantia que cada município vai receber de orçamento federal, contudo, ainda depende dos projetos que serão desenvolvidos pelas prefeituras, explicou a ministra.
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Tebet ainda destacou que a medida provisória que recria o Minha Casa, Minha Vida, editada na semana passada, dá prioridade de atendimento com subsídio às famílias que estejam em situação de emergência ou calamidade. O governo federal reconheceu estado de calamidade em seis municípios paulistas danificados pelas chuvas. Segundo ela, o governo ainda se pôs à disposição para liberar o FGTS de moradores desabrigados.
“Nos colocamos à disposição do prefeito para que, assim que as famílias e as pessoas forem cadastradas para liberação do FGTS, porque também é um direito que eles têm de levantar o fundo, desde que sejam moradores dessas áreas, estejam desabrigados, para que eles possam imediatamente levantar esses recursos”, disse Tebet, que está no Guarujá (SP), onde também foi registrado um forte volume de chuvas.
(Por Augusto Fernandes)
Fonte: R7.COM