Pelo menos 56 pessoas morreram em um vale do Himalaia, no nordeste da Índia, devido ao transbordamento de um lago glacial na última quarta-feira (4), de acordo com um novo número de vítimas divulgado pelas autoridades neste sábado (7).
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Em Sikkim “foram encontrados 26 corpos”, disse Anilraj Rai, funcionário deste estado, à AFP.
Em Bengala Ocidental, um estado vizinho, as equipes de resgate recuperaram 30 corpos na bacia do rio Tista, disse o comissário de polícia do distrito de Jalpaiguri, K. Umesh Ganpat.
O número anterior, anunciado na sexta-feira (6), era de 40 mortes.
O lago Lhonak, localizado na base de uma geleira perto de Kangchenjunga, a terceira montanha mais alta do mundo, transbordou na quarta-feira, devastando um vale.
Entre os mortos estão sete soldados do Exército indiano mobilizados em Sikkim, perto das fronteiras com o Nepal e a China, e onde existe uma presença militar significativa. Estima-se que existam mais de 100 desaparecidos.
O Ministério da Defesa indiano afirmou em comunicado que as inundações levaram “armas de fogo e explosivos” dos campos militares.
De acordo com a mídia local, duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas quando um morteiro explodiu em Bengala Ocidental.
A água destruiu edifícios, pontes e linhas telefônicas, complicando a desocupação e a comunicação com milhares de pessoas isoladas do resto do país.
Mais de 2.400 pessoas foram resgatadas e outras 7.000 tiveram que se refugiar em campos improvisados, disseram as autoridades de Sikkim.
Entre 2011 e 2020, as geleiras do Himalaia derreteram 65% mais rápido do que na década anterior, de acordo com um relatório publicado em junho pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas (Icimod, na sigla em inglês).
A temperatura média na superfície da Terra aumentou quase 1,2 °C em comparação com os tempos pré-industriais, mas as regiões montanhosas estão aquecendo a uma taxa dez vezes maior, segundo climatologistas.
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Fonte: R7.COM