O número de casos novos de leucemia esperados no país será de 5.920 casos em homens e de 4.890 em mulheres
O Junho Laranja é uma campanha para conscientizar e orientar a população sobre a leucemia, doença que tem o sangue como protagonista e que pode acometer crianças e adultos. A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.
Dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer) apontam que o número de casos novos de leucemia esperados para o Brasil, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 5.920 casos em homens e de 4.890 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,67 casos novos a cada 100 mil homens e 4,56 para cada 100 mil mulheres.
Entre as crianças, esse é o tipo de câncer mais comum. Especialistas apontam que a leucemia infantil corresponde a 25% dos diagnósticos em pacientes de 0 a 15 anos. A leucemia linfoide aguda (LLA) é o subtipo mais comum, responsável por 75% dos casos.
De acordo com a hematologista Juliana Minuncio, da Oncoclínicas Brasília, as leucemias podem ser divididas, de acordo com o tempo de evolução, em agudas ou crônicas, e também em mielóide ou linfóide, a depender do tipo de célula envolvida.
A especialista explica que existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento das leucemias, como a exposição à radiação, venenos e alguns quimioterápicos. “Doenças hereditárias (como a anemia de Fanconi e a Síndrome de Down) e doenças do sangue como a mielodisplasia e a mielofibrose também podem predispor ao surgimento de leucemia. Entretanto, na maioria dos casos não há uma causa bem definida para o surgimento da doença”, ressalta a hematologista da Oncoclínicas Brasília.
Os principais sintomas da leucemia são dor óssea, fraqueza acentuada, cansaço aos pequenos esforços físicos, febre e sangramentos espontâneos. Pode ocorrer também aumento de gânglios e do baço. “O hemograma é um exame essencial que pode mostrar anemia, redução de plaquetas e alteração na quantidade de glóbulos brancos (aumento ou redução acentuada)”, lembra a médica.
Tratamento
O tratamento da doença é realizado essencialmente com quimioterapia, que pode ser administrada endovenosa ou por comprimidos, a depender do tipo de leucemia. Em alguns casos também está indicado o transplante de medula óssea.
Segundo a especialista, “se informar sobre os sintomas da leucemia para reconhecer a doença e buscar avaliação do hematologista diante da suspeita clínica é fundamental para a detecção precoce da doença, o que aumenta as chances de sucesso do tratamento e limita as complicações da doença”.
E para prevenir a doença, a orientação é adotar hábitos alimentares saudáveis, praticar atividade física regular, evitar o cigarro e o excesso de álcool.
Fonte: R7.COM