Com exposições interativas, oficinas, jogos e visitas a laboratórios, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) abre as portas da instituição de 14 a 20 de outubro durante a 21ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A SNCT é um dos maiores eventos de popularização da ciência do Brasil e todos os anos o Inpa promove uma programação especial para despertar a curiosidade e o interesse da população sobre a importância da ciência, tecnologia e inovação e suas contribuições para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
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A Semana deste ano tem como tema ‘Biomas do Brasil: Diversidade, Saberes e Tecnologia Sociais’, que será explorado pelas tendas da ciência e outras atividades oferecidas pelo Inpa e parceiros, de forma gratuita e aberta ao público. A abertura será na segunda-feira (14), às 9h, na Praça da Bandeira, com a participação do diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, de estudantes da Escola Estadual de Tempo Integral Jacimar da Silva Gama, da Banda do Exército, além do mascote do Bosque da Ciência, o Bosquinho, e da comunidade de forma gratuita e aberta ao público.
“O tema biomas nos dá uma oportunidade de demonstrar a importância do Inpa, uma organização única, dedicada ao estudo do mais importante bioma brasileiro. A Amazônia é o maior e está dentre os mais diversos termos de riqueza de biodiversidade do mundo”, destaca o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira. “As tecnologias sociais se somam à temática da SNCT, um tema extremamente importante e faz parte de um rol de discussões sobre o papel da inovação aberta, e as tecnologias sociais são uma expressão dessa forma de fazer e difundir o conhecimento científico”, completa.
Segundo o chefe de serviços do Bosque, Jorge Lobato, o diferencial será a programação “Portas Abertas”, quando a comunidade externa vai poder conhecer as pesquisas e atuações do Inpa, instituição com 70 anos de trajetória científica na Amazônia e referência nos estudos da biodiversidade, ecossistemas e mudanças climáticas. “Este é um importante momento em que o Inpa abre as suas portas para a sociedade e mostra de forma lúdica e interativa o trabalho que desenvolve”, frisa.
Este ano, a proposta é descentralizar as atividades do Bosque da Ciência e espalhar pontos de tendas expositivas pelo campus 1 do Inpa, que estarão concentradas de 14 a 18 de outubro (segunda a sexta). No parque de visitação, anexo ao Inpa, que já conta com seus próprios atrativos, continuarão a ter exposições e jogos, como do Programa Ciência na Escola – PCE do Bosque, de laboratórios e instituições convidadas. No sábado (19), acontecerá a 8ª edição da EcoCaminhada. As inscrições estão abertas.
Portas Abertas
Ver de perto onde e como as pesquisas são produzidas nos laboratórios é um dos momentos mais empolgantes da SNCT. Não menos estimulante é poder conversar diretamente com os cientistas. Nas visitas aos laboratórios, espaços que normalmente não são abertos ao público, a curiosidade é aguçada e jovens talentos são estimulados à vocação científica.
Presença já tradicional na SNCT, a Coleção de Peixes do Inpa vai aproveitar a Semana para mostrar a rica biodiversidade de peixes da Amazônia, através de amostras taxidermizadas, e destacar como as mudanças climáticas ameaçam os peixes, a segurança alimentar e vida das pessoas. Na Amazônia, o pescado é uma das principais fontes de proteína animal.
“Nós não podemos deixar de entender e conhecer a nossa biodiversidade. As alterações estão muito mais rápido que o esperado e estamos perdendo a biodiversidade sem conhecer. Então, essa Semana de Ciência e Tecnologia aqui no Inpa é uma oportunidade de mostrar para o público um pouquinho do que o Inpa faz. Nas Coleções temos um acervo de representatividade da diversidade amazônica muito grande e é uma coisa que chama a atenção, que às vezes as próprias pessoas do interior não conhecem os animais que estão lá convivendo com eles”, pontua
A coleção de peixes tem cerca de 40 anos como uma representatividade de mais de 90% da ictiofauna da Amazônia. Estima-se quase 2 mil espécies representadas na Coleção e de 500 mil a 800 mil exemplares de peixes coletados. A Coleção de Peixes do Inpa é a única que contém diversos exemplares de peixes de água doce na Amazônia, abrangendo os países de fora do Brasil, além de ter espécies de ambientes que não existem mais, como no caso de áreas afetadas por hidrelétricas, ambientes que não se recuperam mais e estão completamente alterados.
Exposições
Leves, com linguagem simples e, ao mesmo tempo, enriquecedoras, as exposições transitam por temas que tratam da biodiversidade, ecossistemas, conservação de espécies, saúde, mudança climática e tecnologias sociais. Insetos, aves, peixes, anfíbios e répteis, cogumelos, inventários e palmeiras amazônicas estarão em evidência nas exposições, jogos e oficinas do Inpa e de parceiros.
O Projeto Suaçuboia vai trazer uma imersão no mundo das cobras, com atividades educativas e materiais de apoio para abordar a importância médica das cobras, além de um espaço dedicado ao público infanto-juvenil, com brincadeiras, oficinas de pintura e materiais paradidáticos desenvolvidos no âmbito do projeto para atividades de Educação Ambiental. O projeto visa desmistificar o medo e estereótipos atribuídos a esse grupo, que tem se tornado vulnerável devido ao avanço das mudanças climáticas, a degradação de habitats, e ainda de ataques por humanos e animais domésticos.
A coordenadora de Educação Ambiental do Projeto, a mestranda em Ecologia do Inpa Alessandra Rodrigues, diz que as atividades destacam a importância dos répteis, em especial no Amazonas, estado que abrange uma vasta diversidade de cobras. “Este grupo de animais é fundamental para o ecossistema e tem importância médica, pois o veneno de algumas espécies pode ter potencial de uso como base para produção de muitos tipos de medicamentos”, pontua.
Outra exposição é O Mundo dos Insetos e Projeto INCT Biodossel, que vai proporcionar ao visitante um conhecimento mais aprofundado sobre os insetos da Amazônia e sua importância para o ecossistema. Utilizando caixas entomológicas repletas de diversos e lindos insetos, o projeto busca desmistificar a ideia errônea de que todos os insetos são perigosos, ideia essa que boa parte da população tem por desconhecimento.
“Com nossas atividades, mostramos de uma maneira simples e didática, que a maioria dos insetos são importantes para a nossa vida, para a nossa sobrevivência e sobrevivência do nosso planeta, pois desempenham diferentes e importantes serviços ecossistêmicos”, frisa o coordenador do projeto, o pesquisador do Programa de Capacitação Institucional (PCI/ Inpa) Alexandre Somavilla.
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Outras atividades educativas e instigantes como peixes e mudanças climáticas, com a equipe do Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular (Leem/Adapta) e pesquisas realizadas no Programa AmazonFACE estão presentes na programação. Além de grupos de pesquisas e laboratórios do Inpa, as exposições contarão com a participação de parceiros como o Comando Militar da Amazônia (CMA), Exército, Marinha do Brasil e projetos de escolas que se destacaram no Programa Ciência na Escola (PCE) ligados à Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Fonte: ASCOM/INPA
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