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Homem ateia fogo em cabelo de jovem trans no Rio de Janeiro

Homem ateia fogo em cabelo de jovem trans no Rio de Janeiro
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Na calçada da avenida Brasil, no Rio de Janeiro, uma mulher trans foi atacada com um lança-chamas por um homem que estava em um carro. O caso ocorreu por volta das 23h de sábado (10) e as chamas foram direcionadas ao cabelo da moça, que teve as tranças consumidas pelas chamas. Ela não teve a pele atingida. 

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A vítima tem 18 anos e se chama Beatriz Sttefany Vilella Vicente. Durante a agressão com fogo, ela estava em expediente como garota de programa. O momento do ataque foi filmado pelos integrantes do veículo e comemorado por eles. O vídeo viralizou nas redes sociais, mas não será reproduzido pelo Correio por conta do conteúdo extremamente violento.

As cenas de agressão mostram que o carro diminuiu a velocidade até parar ao lado de duas mulheres que trabalhavam como garotas de programa. O agressor, então, aciona uma embalagem aerossol sobre o fogo, criando uma chama, que vai em cheio em no cabelo de Beatriz.

“Esses homens passaram e mexeram com a gente, falando um monte de coisa. Chamaram a gente de viado, de homem, (com) preconceito. A gente respondeu, foi quando eles saíram voados. Na segunda vez que passaram por nós, só estávamos eu e minha amiga. Quando olhei, eles já pegaram o isqueiro e o desodorante para tacar em mim”, relatou Beatriz, que é uma mulher transexual, ao jornal Extra.

Ela registrou queixa em na delegacia. Em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o Correio apurou que a ocorrência foi registrada na 36ª DP (Santa Cruz) e encaminhada à 34ª DP (Bangu). “Uma das vítimas foi ouvida e o vídeo está sendo analisado. Diligências estão em andamento para identificar os envolvidos”, disse a polícia.

Dinheiro em troca de silêncio

Em entrevista ao Portal G1, Beatriz afirmou que o agressor ofereceu dinheiro para que ela não denunciasse o caso à polícia e que a história não fosse publicada em veículos de imprensa. 

“[Ele] ofereceu dinheiro para a gente ficar quieta”, disse a vítima.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

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