Ex-presidente do Brasil viajou para a Flórida com parte da família no fim de dezembro, e está lá desde então
O governo americano disse nesta segunda-feira (9) que não tem contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos e cujos apoiadores radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O conselheiro de segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou a jornalistas que o presidente americano, Joe Biden, vai discutir o que aconteceu na praça dos Três Poderes com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Sullivan ressaltou que não há “contato direto” com Bolsonaro, que viajou para a Flórida na véspera da posse de Lula, e afirmou que, no momento, o governo brasileiro não pediu aos Estados Unidos para extraditar o ex-presidente.
“Se recebêssemos tal pedido, abordaríamos o assunto seriamente, como sempre fazemos”, disse Sullivan, que está no México para a Cúpula de Líderes da América do Norte, na qual Biden vai se encontrar com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.O conselheiro declarou que “não há dúvida” de que os Estados Unidos condenam o “ataque à democracia” cometido pelos apoiadores radicais de Bolsonaro e “têm confiança nas instituições democráticas do Brasil”.
Também nesta segunda-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, afirmou em entrevista coletiva que as autoridades do Brasil não fizeram nenhum tipo de pedido relacionado ao ex-presidente do país.
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“Estamos aguardando quaisquer pedidos de assistência de nossos parceiros brasileiros, das autoridades brasileiras, seja por meios diplomáticos, seja por canais de segurança, e é claro que responderemos a esses pedidos conforme apropriado”, disse Price.
O porta-voz lembrou que os EUA e o Brasil são “parceiros próximos, trabalham juntos no dia a dia em uma variedade de questões, e às vezes questões de segurança”.
Price declarou que os dois países têm procedimentos de cooperação bem estabelecidos, por exemplo, quando há um pedido de informações, mas insistiu que o Brasil não fez nenhuma solicitação desse tipo.
Fonte: R7.COM