A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), por meio da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), alerta para os cuidados que a população deve ter para evitar a pedra na vesícula biliar (cálculo biliar). A doença é causada, principalmente, por uma alimentação não saudável, rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras.
+ Leia mais notícias no portal Amazônia Sem Fronteira
Ter uma vida sedentária, ou seja, sem prática de exercícios físicos e fatores como diabetes, hipertensão, obesidade, predisposição genética e fumo também colaboram para o aparecimento das pedras na vesícula. No ano de 2023, a fundação realizou 1.657 cirurgias de retirada de pedras na vesícula (colecistectomia).
Isso representa 20,1% do total de todos os procedimentos realizados pela unidade no mesmo período (8.253 cirurgias). O diretor-presidente da unidade, médico Ayllon Menezes de Oliveira, ressalta que ter hábitos saudáveis ajuda a evitar a doença.
“Pessoas que têm hábito de ingerir quantidade de alimentos gordurosos têm predisposição maior a desenvolver, não só a pedra na vesícula, mas como a crise de dor e inflamação da vesícula. Então, o ideal é rever seus hábitos alimentares e insira na dieta alimentos com mais fibras. A Fundação Hospital Adriano Jorge tem uma equipe preparada para atender esses pacientes com a doença que são atendidos pelo SUS, mas a prevenção sempre será o melhor caminho”, ressalta.
A vesícula é o órgão responsável em armazenar a bile (líquido produzido pelo fígado que atua na digestão de gorduras no intestino). A formação das pedras ocorre também pela pouca ingestão de água, como explica o cirurgião do trato digestivo que atua na FHAJ, médico Sidney Chalub.
“A baixa ingestão de água faz com que os cristais de bilirrubina que tem na bile se aglomerem e formem a pedra. Inicialmente, você pode encontrar até uma lama biliar, então essa lama evolui para a formação de pedra que é uma evolução natural e o tratamento é cirúrgico”, ressalta.
Diagnóstico e sintomas
O diagnóstico é feito via ultrassom e o procedimento cirúrgico é o tratamento indicado, seja por cirurgia aberta ou por videolaparoscopia, técnica moderna e menos invasiva ao paciente, ambas realizadas na FHAJ. Nesse caso é preciso retirar o órgão.
De acordo com a literatura médica, há casos em que a doença não manifesta sintomas, mas em outros casos provoca dor intensa.
“Se você comeu algum alimento gorduroso e começa a sentir uma dor embaixo da costela, do lado direito, que pode ir para as costas, procure a unidade básica que o diagnóstico é feito através de ultrassonografia. É um exame fácil de adquirir na rede, não é doloroso e não causa nenhum problema para as pessoas. Na suspeita, a ultrassonografia é que faz o diagnóstico de certeza”, disse Chalub.
O mito das vitaminas
Ainda de acordo com o médico, é falsa a afirmação que circula em redes sociais de que as pessoas que retiraram a vesícula não conseguem absorver vitaminas.
• Siga o Amazônia Sem Fronteira no Facebook acessando aqui
• Siga o Amazônia Sem Fronteira no Instagram acessando aqui
“Não tem problema de vitamina, é mito. Algumas pessoas que retiram a vesícula podem ter diarreia quando ingerem alguns alimentos mais gordurosos, principalmente alimentos relacionados com leite e queijo. Agora não tem interferência nas vitaminas, porque a bile é produzida no fígado e armazenado na vesícula. O que acontece? Ela só não vai ser armazenada na vesícula, mas ela cai direto no intestino. Não vai ter deficiência das vitaminas A, D, K e E. Não tem nenhuma deficiência de vitamina relacionada com a retirada da vesícula”, esclarece.
Fonte: ASCOM/FHAJ