Hoje, a noite dos tutores de pets será um misto de celebração e atenção. Isso porque os fogos de artifícios, presentes para animar e colorir a chegada do novo ano, afetam diretamente os animais de estimação, que têm muita sensibilidade auditiva. O barulho durante a queima dos artefatos gera ansiedade e medo nos bichinhos, que podem desenvolver crises e
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Esse estresse grave é responsável, inclusive, por causar alterações fisiológicas nos pets. Segundo a veterinária Suelen Leite, em caso extremo, a agitação pode até provocar parada cardíaca. “Além disso, é comum acontecerem acidentes por tentativas de fuga, os animais podem ficar presos em grades e até fugir de casa por medo”, explica Suelen.
Em alguns casos, o peludo pode desenvolver problemas de saúde, como queda na imunidade. “A ansiedade altera o comportamento do animal, levando a problemas digestivos e dermatites por lambedura nas patas.”
Sintomas de angústia
As indicações de que o pet está sofrendo podem ser percebidas assim que a queima de fogos se inicia. Se não houver treinamento e a sensibilidade ao som for extrema, o animal demonstra, com sinais claros, o medo e o desconforto. Segundo Suelen, os bichos tendem a ficar extremamente ofegantes e agitados, tentando se esconder e se proteger.
“Por outro lado, alguns animais ficam muito letárgicos e apáticos, demonstrando uma descompensação do organismo ocasionada pelo medo intenso”, completa a veterinária. Ela também cita mudanças na expressão facial, mais tensa, além da vocalização, com uivos e latidos.
A professora e escritora Fernanda de Lima, 44 anos, já passou por muitas situações de estresse com suas duas cachorrinhas, Bree e Bonnie. Em dias como na virada do ano, com muita queima de fogos, conta que Bree, da raça lhasa, corre pela casa e tenta se esconder. “Ela fica extremamente amedrontada e treme muito.”
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Seguindo recomendação da veterinária, Fernanda procura deixar as cadelas à vontade, da maneira mais confortável, para se sentirem seguras. “Sempre fechamos as portas e janelas para tentar abafar o som”, diz a tutora.
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE