No período de chuvas aumentam os casos de acidentes com serpentes, aranhas, escorpiões e lagartos
A Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) faz um alerta e orienta pais e responsáveis sobre os riscos de acidentes com animais peçonhentos, principalmente, com crianças, neste período de chuvas.
Atualmente, há cinco crianças internadas no hospital da FMT-HVD por acidentes com serpentes. As crianças são de diferentes regiões do estado e residem em zonas rural e urbana.
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“Nós temos observado, nas últimas semanas, o número de crianças atacadas por serpentes e resolvemos fazer um alerta aos pais, para que eles orientem as crianças a evitar todo ambiente onde esses animais possam estar”, disse o diretor de Assistência Médica da FMT-HVD, Dr. Antonio Magela.
“O número de internações nos dá uma alerta real da situação atual. Nós temos um grande número de pacientes vítimas de internações por agressões de serpentes. É uma situação bem inerente a esta época do ano. Há um aumento das chuvas e esses animais procuram locais secos para se abrigar, e acabam se encontrando furtivamente e acidentalmente com os seres humanos causando acidentes, já que os animais não têm a intenção de atacar”, afirmou.
Magela afirma que quintais no qual se encontram entulhos, objetos acumulados são locais propícios para o aparecimentos destes animais porque podem ser abrigo seco em época de chuvas.
O que fazer?
“Qualquer pessoa que sofrer um acidente com serpentes, escorpiões, lagartas, aranhas, deve procurar o mais rápido possível a unidade de saúde mais próxima. A unidade vai fazer a avaliação clínica, e havendo sinais de envenenamento agudo, a pessoa vai ser encaminhada para a Fundação de Medicina Tropical para o devido tratamento”, disse Magela
Todos os municípios têm unidades de referência e têm acesso ao soro antiofídico. O Programa Nacional de Imunização (PNI) distribui soro anti veneno. Todo o uso de soro tem notificação compulsória, que garante a reposição do estoque do medicamento, deixando sempre a unidade abastecida.
O que não fazer?
Magela afirma que o que não fazer é, muitas vezes, mais importante do que o que fazer.
“Antigamente se dizia que deveria ser amarrado o membro acometido, mas não é recomendado mais esse tipo de procedimento”, alertou o médico.
Além disso, outras atitudes, muitas de cunho cultural, também são contra indicadas, como cortar o ferimento para sangrar mais, sugar o ferimento com a boca, colocar qualquer coisa sobre a lesão. Todas essas atitudes podem agravar a situação do paciente.
Fonte: ASCOM/FMT-HVD