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Filtro solar: tudo o que você precisa saber na hora de comprar e usar

Filtro solar: tudo o que você precisa saber na hora de comprar e usar
( Foto: Reprodução )

Com a chegada do verão, aumenta a importância da aplicação correta e frequente do produto como forma de evitar queimaduras, envelhecimento, manchas e câncer de pele

A exposição ao sol — especialmente agora durante o verão — sem a proteção adequada da pele pode causar danos imediatos, como queimaduras, ou de longo prazo, como câncer. Por isso é fundamental reforçar nesta época do ano a importância do uso correto do filtro solar.

Durante todo o ano, o Brasil tem alta incidência de radiação UV (ultravioleta), que, obviamente, se intensifica no verão, podendo chegar a níveis perigosos.

O Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que de 2023 a 2025, serão registrados no Brasil 9.000 novos casos de câncer de pele do tipo melanoma, o mais agressivo, além de 220 mil casos de câncer não melanoma. 

Queimaduras de sol ao longo da vida aumentam significativamente o risco desses tipos de tumor no futuro, além de causarem o envelhecimento da pele e manchas. 

A prevenção envolve o uso de filtro solar sempre que se estiver ao ar livre, especialmente em ambientes como praia e piscina, e a exposição ao sol de forma comedida.

“Existe uma falsa ideia de que o câncer de pele é um cancerzinho, mas não é. O melanoma tem índices de letalidade razoavelmente altos. E os outros, apesar de não serem tão letais, têm o que a gente chama de alta morbidade. Desfiguram as pessoas, e é preciso fazer cirurgias que muitas vezes as deixam esteticamente disfuncionais porque não se cuidaram. A fotoproteção é um fator-chave para evitar o câncer de pele”, alerta o médico Sérgio Schalka, especialista da SBD e coordenador do Consenso Brasileiro de Fotoproteção.

Filtro, protetor ou bloqueador?

No Brasil, produtos com a denominação “bloqueador solar” não são mais autorizados a ser vendidos, explica Schalka.

“Bloqueador solar dava uma ideia de bloqueio total da radiação solar, o que não acontece com nenhum produto.”

Os termos admitidos são: protetor solar, filtro solar ou fotoprotetor, que acabam sendo sinônimos, sem que haja diferença no fator de proteção.

Toda embalagem de protetor solar vem com um número, que é o FPS (fator de proteção solar). Trata-se de um denominador obtido após um cálculo. 

A equação divide a quantidade de energia solar (radiação ultravioleta) necessária para produzir queimaduras solares na pele protegida (ou seja, na presença de filtro solar) em relação à quantidade de energia solar necessária para produzir queimaduras solares na pele desprotegida.

Em termos práticos, um FPS elevado garante uma proteção maior do que um FPS baixo. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autoriza que esses produtos variem entre FPS 6 e FPS 99.

“Por causa dos vários fatores que afetam a quantidade de radiação solar, o FPS não reflete o tempo ao sol. Em outras palavras, o FPS não informa o consumidor sobre o tempo que pode passar ao sol sem sofrer queimaduras”, destaca a FDA (agência controladora de medicamentos e alimentos dos EUA)

Fonte: R7,COM

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