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Festival de Cirandas: Flor Matizada clama pela resistência das comunidades tradicionais e a inclusão

A segunda noite do Festival de Cirandas de Manacapuru lotou de lilás e branco o anfiteatro do Ingá

Festival de Cirandas: Flor Matizada clama pela resistência das comunidades tradicionais e a inclusão
(Foto: David Martins/SEC)

No sábado (31), a ciranda pioneira de Manacapuru, a Flor Matizada, levou seu espetáculo “O alvorecer matizado: um voo pela vida” à arena do Parque do Ingá. O 26º Festival de Cirandas de Manacapuru, promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, recebeu um público de mais de 9 mil pessoas, lotando o anfiteatro do município (a 68 quilômetros de Manaus).

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A ciranda lilás e branco representou a arte popular do povo manacapuruense em um espetáculo ousado e surpreendente. O tema anunciou o alvorecer de um novo tempo, clamando pela resistência das comunidades tradicionais, negros, indígenas e ribeirinhos, em harmonia na floresta, com os seres imaginários. Para este ano, a Matizada, que é referência em espetáculos grandiosos, não buscou fazer diferente. “Como a ciranda são vários itens, a gente se preocupou item por item. A nossa preocupação é fazer um grande espetáculo finalizando todos os itens”, disse o presidente da ciranda, Alexandre Queiroz.

Entre os personagens folclóricos mais emblemáticos da ciranda, o carão que, desta vez, ganhou forma feminina. Arina Costa, integrante de um dos corpos artísticos do Estado, se apresentou pela primeira vez no Cirandódromo. “É fundamental para a gente, principalmente, para mim, que participo do Balé Folclórico do Amazonas, está inserida em um festival folclórico é uma coisa que agrega muito, profissionalmente, pessoalmente também”, comentou a bailarina.

Representando a cultura manacapuruense, Izaely Noguchi no papel de Constância, há seis anos, assume um dos personagens mais tradicionais das cirandas. “No momento que a gente entra, a gente esquece tudo. Porque a roupa incomoda, a cabeça dói, mas no momento que a gente pisa aqui, esquece todos os problemas, tudo o que você está pensando naquele momento é único. Você se desliga do mundo e vai ser feliz”, revelou Izaely, momentos antes de entrar na arena.

As vozes expoentes de Márcia Siqueira e Mara Lima, somadas à versatilidade de Patrick Araújo, reforçaram o time de cantadores da Flor Matizada. Também teve a presença estrelada do artista amazonense Adanilo Silva, representando a cultura indígena. Espetáculo à parte da Família Matizada, a torcida “Fama”, que empolgou e fez o seu papel. Ao final, a ciranda se transformou em uma grande festa da cultura popular e da inclusão com a partipação de Portadores de Deficiência e de grupos da Terceira Idade de Manacapuru.

Neste domingo (1º/09), a terceira e última noite do 26º Festival de Cirandas de Manacapuru, a partir das 21h30, apresenta-se a Ciranda Guerreiros Mura.

Espaço acessível

Durante toda a temporada do Festival de Cirandas de Manacapuru, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com apoio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), conta com um espaço acessível aos Portadores com Deficiência. No sábado, associações de Manacapuru, que atuam no trabalho com o PcD, participaram da ação integrada de inclusão, presente nos eventos culturais do estado.

O gerente da Biblioteca Braille do Amazonas, Gilson Mauro, falou sobre a importância do espaço que dispõe de intérprete de Libras e o recurso de audiodescrição. “Nem todo mundo pode fazer o que nós fizemos hoje, trazer 15 pessoas com deficiência para o Parque do Ingá. O nosso secretário está de parabéns porque acredita na inclusão, acredita na nossa equipe que trabalha em prol de todas as pessoas com deficiência”, finalizou Gilson, comemorando mais um ano de participação no festival de cirandas.

 

Fonte: ASCOM/SEC

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