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Exposição fotográfica mistura lenda e realidade para alertar sobre a situação das espécies no Amazonas

Exposição fotográfica mistura lenda e realidade para alertar sobre a situação das espécies no Amazonas
(Foto: Divulgação/SEC)

Durante a seca mais severa já registrada no Amazonas, entre os meses de setembro e outubro de 2023, mais de 10% da população de botos do Lago Tefé, no interior do estado, foi vitimada pelo aumento na temperatura da água. Usando a arte como ferramenta, o fotógrafo Tácio Melo encontrou uma forma poética e sensível de chamar a atenção da sociedade para os perigos que esses animais enfrentam em tempos de eventos climáticos extremos.

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No mês de fevereiro, o artista lançará a exposição “O Último Boto”, que vai misturar lenda e realidade para conscientizar sobre a importância da preservação dos rios, florestas e das espécies de golfinho amazônico, endêmicas da região. Segundo ele, o boto-cor-de-rosa e o tucuxi estão classificados como “em perigo de extinção” pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

“O projeto dá relevância a acontecimentos frequentes em nossa região, como a última seca, que afetou milhares de ribeirinhos e acarretou a morte de várias espécies, incluindo centenas de botos. O boto é um dos animais mais simbólicos do Amazonas, muito presente em nosso folclore, e tudo isso será representado por fotografias artísticas que vão retratar a vida e morte do animal na região, junto com textos que alertam para o seu risco de extinção”, explica Tácio Melo.

A iniciativa foi contemplada no Edital de Fomento às Artes e Cultura 2023 – Lei Paulo Gustavo, com apoio do Governo do Estado, por meio do Conselho Estadual de Cultura e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura.

Exposição

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As fotografias, em estilo surrealista, foram produzidas no Lago Tefé (Praia do Amor) e nas margens urbanas do município, localizado a 575 quilômetros de Manaus. Para o trabalho, o fotógrafo escalou o bailarino Felipe Cassiano, integrante do Corpo de Dança do Amazonas (CDA), que interpretou o boto com as características presentes nas histórias da cultura popular.

O projeto resultará em uma exposição itinerante programada para estrear no prédio histórico da antiga prefeitura de Tefé, em meados de fevereiro, com apoio da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura. A mostra será totalmente adaptada para receber Pessoas com Deficiência (PcDs), que terão acesso à audiodescrição das obras, tradução em Libras e espaço adequado para pessoas com deficiência física/motora. Em seguida, a exposição percorrerá escolas públicas do município, alcançando estudantes e profissionais da educação.

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“O Último Boto” faz parte da série fotográfica “Sinfonia na Floresta”, que Tácio Melo iniciou em 2011, dedicada ao tema ambiental. Futuramente, o artista pretende dar continuidade ao trabalho para abordar outros animais da fauna amazônica. Acompanhe essa e outras produções nas redes sociais do fotógrafo (@fototacio).

Fonte: ASCOM/SEC

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