Amazônia Sem Fronteira

Brasil

Exército exonera de cargos de comando oficiais investigados em operação sobre tentativa de golpe

Exército exonera de cargos de comando oficiais investigados em operação sobre tentativa de golpe
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Exército Brasileiro exonerou nesta quarta-feira (14) dois militares investigados pela Polícia Federal por suposto envolvimento na tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado democrático de Direito. Os tenentes-coronéis Guilherme Marques Almeida e Hélio Ferreira Lima ocupavam, respectivamente, o comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas de Goiânia (GO) e da 3ª Companhia de Forças Especiais de Manaus (AM).

+ Leia mais notícias no portal Amazônia Sem Fronteira

Eles perderam os cargos de liderança, mas permanecem no Exército. A portaria com as exonerações foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta (14) e é assinada pelo comandante da instituição, general Tomás Paiva.

Em nota ao R7, o Centro de Comunicação Social do Exército informou que as exonerações ocorreram conforme as “decisões jurídicas acerca do assunto”. “O Exército, enquanto Instituição que prima pela legalidade e pela harmonia entre os demais entes da República, colabora com as autoridades responsáveis pelas investigações conduzidas”, completou.

Os tenentes-coronéis foram alvo da operação realizada na semana passada pela Polícia Federal, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 14 militares. Eles teriam relação com a divulgação de notícias falsas sobre as eleições presidenciais de 2022 e apoio às ações golpistas, como a manutenção do acampamento em frente ao quartel do Exército em Brasília.

De acordo com a PF, os militares são investigados por duas formas de atuação. A primeira é a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à lisura das eleições presidenciais de 2022 para estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, para criar um ambiente propício para o golpe de Estado, e de estímulo que buscava a adesão de outros militares ao crime.

O segundo ponto é de apoio às ações golpistas, reuniões e planejamentos de ações para manter as manifestações em frente aos quartéis militares, incluindo mobilização, logística e financiamento de militares das Forças Especiais.

Confira os outros militares alvos da PF na semana passada

• Angelo Martins Denicoli;
• Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros;
• Walter Souza Braga Netto;
• Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho;
• Ailton Gonçalves Moraes Barros;
• Bernardo Romão Correa Neto;
• Almir Garnier Santos;
• Mário Fernandes;
• Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira;
• Laércio Vergílio;
• Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira;
• Augusto Heleno Ribeiro Pereira;
• Rafael Martins de Oliveira; e
• Marcelo Costa Câmara.

Relembre

Bolsonaro foi um dos alvos da operação que a Polícia Federal realizou na última quinta-feira (8) em nove estados e no Distrito Federal para apurar a participação de pessoas na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito, para obter vantagem política com a manutenção do ex-chefe do Executivo no poder. Foi determinada a apreensão do passaporte do ex-presidente, e os agentes aplicaram outras medidas restritivas a ele.

Entre os alvos, além de Bolsonaro, estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). A PF prendeu o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República Filipe Martins e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Marcelo Câmara.

• Siga o Amazônia Sem Fronteira no Facebook acessando aqui
• Siga o Amazônia Sem Fronteira no Instagram acessando aqui

Ao todo, os agentes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

(Por  Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília)

Fonte: R7.COM

Mais Notícias

Exit mobile version