A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a morte de uma empresária após uma cirurgia plástica em Belo Horizonte.
Fabíola Corrêa da Silva, então com 54 anos, realizou os procedimentos de abdominoplastia e lipoaspiração no Hospital Contorno, no bairro Santa Efigênia, região leste da capital mineira, no dia 27 de julho.
Após aproximadamente 12 horas da conclusão das cirurgias, durante a noite, enfermeiros viram que a empresária estava desacordada e sem oxigenação. Fabíola entrou em coma e, depois, foi transferida para o Hospital Odilon Behrens. Sete dias depois da cirurgia, a mulher teve morte encefálica confirmada. O corpo aguarda necrópsia no IML (Instituto Médico-Legal) de Belo Horizonte.
Segundo familiares, Fabíola não apresentava problemas de saúde e estava apta para passar pelo procedimento.“Ela nunca teve asma e apneia. O companheiro dela sempre dormiu com ela e nunca relatou isso. Ela também não” disse a sobrinha, Pollyanna Corrêa.
A família questiona o fato do Hospital Contorno ter chamado uma ambulância particular em vez de acionar o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o tempo que ela ficou sem oxigenação no local. A empresária tinha uma rotina de caminhadas e cuidados com a saúde. A sobrinha relata que era um dos sonhos da tia era realizar procedimentos estéticos para ficar mais magra.
Procurado, o hospital contorno negou que tenha havido demora em socorrer a paciente. Segundo a unidade de saúde, ao ser verificado pelo médico plantonista que Fabíola estava passando mal, imediatamente, ela foi estabilizada pela equipe médica e cirúrgica e encaminhada por uma ambulância UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), com vida, para o Hospital Odilon Behrens.
O advogado Gustavo Graça Mercadante, que representa a cirurgiã plástica responsável pelo procedimento, reforçou que a profissional é registrada no CRM-MG (Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais) e afirmou que a operação não apresentou nenhuma intercorrência.
A reportagem procurou o CRM-MG e aguarda retorno.
Fonte: R7.COM