A ÁS Formatura apresentou, nesta segunda-feira, um documento considerado informal e sem segurança jurídica para os estudantes
A empresa ÁS Formatura, contratada para organizar a formatura de alunos de medicina da USP (Universidade de São Paulo) — que denunciaram a presidente da comissão, Alicia Dudy Müller Veiga, pelo desvio de quase R$ 1 milhão arrecadado para custear a festa —, se reuniu com o Procon-SP para prestar esclarecimentos nesta segunda-feira (23).
De acordo com o Procon-SP, a empresa se comprometeu a entrar em contato com cada um dos alunos para oferecer uma festa de formatura, prevista para acontecer em janeiro de 2024. Se aceitarem a proposta, os formandos deverão manter o pagamento até completar o preço total da celebração.
Dessa forma, a ÁS Formatura deverá assumir o valor de quase R$ 1 milhão que foi desviado por Alicia, também investigada por aplicar um golpe em uma lotérica na zona sul de São Paulo, para que a turma não fique no prejuízo.
Durante a reunião, segundo o Procon-SP, a empresa também esclareceu que negociava diretamente com a comissão de formatura, composta de aproximadamente 20 alunos, por meio de um grupo de WhatsApp.
+ Leia mais notícias no portal Amazônia Sem Fronteira
Entretanto, os documentos mostraram que a estudante utilizou o dinheiro desde o primeiro momento para o próprio benefício. Além disso, os papéis mostram que houve um aumento significativo nos gastos dela.
A Polícia Civil já solicitou a quebra de sigilo bancário de Alicia e deve ouvir, nesta terça-feira (24), uma amiga dela, que frequentava a casa da estudante na época do crime.
Fonte: R7.COM
Ao analisar o contrato assinado pelos 130 formandos e pela ÁS Formatura, apresentado pela empresa durante a reunião, o Procon-SP considerou o documento informal e afirmou que ele não garante segurança jurídica para os estudantes que contrataram a empresa.
“O fato de o contrato ser omisso em diversos pontos, além de mal gerenciado, colaborou para que a transferência de valores para a aluna que fez o desvio acontecesse. Ressaltando que o Código de Defesa do Consumidor prevê a responsabilidade objetiva, independente de dolo ou culpa”, afirma a instituição.
Investigação
De acordo com a delegada Zuleika Gonzales Araújo, do 16° Distrito Policial da Vila Clementino, responsável pela investigação, a Polícia Civil teve acesso a extratos bancários e faturas de cartões de crédito de Alicia.
A investigada afirmou que só havia utilizado o dinheiro da formatura para fins pessoais após um mês, quando a primeira aplicação realizada deu errado e ela perdeu cerca de R$ 50 mil.