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Doenças sanguíneas, câncer e cirurgias cardíacas impulsionam demanda por transfusões de sangue no Amazonas

Doenças sanguíneas, câncer e cirurgias cardíacas impulsionam demanda por transfusões de sangue no Amazonas
(Foto: Lucas Silva/Secom)

Um levantamento realizado recentemente pelo setor de estatística da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) identificou que pacientes com câncer, doenças no sangue e de cirurgias cardíacas são os que mais necessitam das doações de sangue.

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Liderando o ranking, o Hemoam é o maior consumidor de bolsas sangue do estado do Amazonas e recebe, em média, 12 mil bolsas de componentes sanguíneos por ano para o tratamento de pacientes com leucemias, anemias, hemofilia e outras doenças do sangue.

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon) é também uma das unidades de saúde do Amazonas que mais precisa de bolsas de sangue. O hospital recebe cerca de 6.882 bolsas ao ano para pacientes que realizam quimioterapia e radioterapia.

O Hospital Francisca Mendes recebe, em média, 6.522 bolsas para procedimentos de cirurgia cardíaca anualmente. Um único paciente de cirurgia cardíaca consome em média 16 bolsas de concentrado de hemácias, por cirurgia.

O responsável técnico do Centro de Distribuição de Sangue do Hemoam, Mário Sérgio Veiga, explica que a fundação monitora as unidades de saúde para atender as demandas de cada hospital.

“Nós temos um sistema que consegue mostrar o que o hospital está precisando. Evidentemente o hospital precisa me informar que está precisando de um determinado componente. Então, eles registram isso no sistema, eu acesso esse sistema e consigo enxergar. Com esse sistema eu vou monitorando diariamente e, de hora em hora, ele vai atualizando as informações” explicou Mário.

Além de distribuir, diariamente, componentes sanguíneos para 39 unidades de saúde da capital, 54 cidades do interior também recebem as bolsas sanguíneas, sendo as mais frequentes Maués, Tabatinga, Parintins, Benjamin Constant e São Paulo de Olivença.

O funcionário público Davi Heron, 52, contribui com o estoque do estado há 30 anos movido pela empatia.

“A gente entende da necessidade das pessoas e também uma questão de reciprocidade. Um dia pode ser que a gente precise também ou que alguém da família precise e se a gente pode colaborar para que no banco de sangue tenha estoque suficiente, nós fazemos isso com muita boa vontade, com empatia, até mesmo colocando no lugar da outra pessoa de quem precisa” afirmou Davi.

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Hemocomponentes

Antes do sangue ser transfundido no paciente, o produto passa por uma análise sorológica e também é fracionado. Uma única bolsa se transforma em três: concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma fresco congelado e/ou crioprecipitado. Esses produtos do sangue são chamados de hemocomponentes.

Doação

Qualquer pessoa com boa saúde, com idade entre 18 e 69 anos, e peso a partir de 50 quilos pode doar sangue. É preciso procurar o Hemoam, localizado na avenida Constantino Nery, 4.397, bairro Chapada, de segunda a sábado, das 7h às 18h.

O candidato à doação deve estar bem alimentado e munido de documento de identidade. Jovens de 16 e 17 anos podem doar com autorização formal do responsável ou representante legal.

“Temos muitos pacientes que precisam desses hemocomponentes, dessas bolsas de sangue. Por causa da doença, eles precisam disso para sobreviver, para ter mais uma oportunidade, mais um dia de vida. Então, é algo que a gente luta todo dia para conseguir” reforça Mário, sobre a importância da necessidade de transfusões regulares saudáveis para sustentar a qualidade de vida desses pacientes.

Fonte: ASCOM/HEMOAM

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