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Dia Nacional do Teatro: Histórias de paixão e resistência pelas artes cênicas em Manaus

A trajetória de duas atrizes renomadas atuantes e o papel da Fetam no fortalecimento do cenário Teatral são destaques

Dia Nacional do Teatro: Histórias de paixão e resistência pelas artes cênicas em Manaus
(Foto: Divulgação)

O Dia Nacional do Teatro é comemorado nesta quinta-feira (19), uma data representativa para celebrar o impacto do teatro na cultura e na sociedade, especialmente na cidade de Manaus. Os espaços culturais mantidos pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, sempre foram cenários de grandes produções teatrais, o que pode ser comprovado no Festival de Teatro da Amazônia, que tem início na próxima semana.

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Durante esse evento, os locais são ocupados por uma rica programação que abrange debates, oficinas, vivências, vitrines de livros, rodadas de negócios e exposições, ampliando o acesso à cultura e fortalecendo a produção teatral local, além de ser uma oportunidade de integração e formação para os profissionais da área.

O Festival de Teatro da Amazônia (FTA) desempenha um papel essencial nesse contexto, proporcionando a valorização das artes cênicas, dando visibilidade aos artistas locais e gerando renda para o setor cultural.

De acordo com Cléber Ferreira, ator e presidente da Federação de Teatro do Amazonas (Fetam), ingressar na carreira teatral envolve uma combinação de estudo, prática e muita dedicação. As pessoas que se interessam pela área podem optar por cursos livres, formação acadêmica em artes cênicas e participar de oficinas e grupos teatrais.

“É essencial aproveitar as oportunidades para vivenciar e se desenvolver na prática teatral. Estar em contato constante com diferentes expressões e metodologias também é fundamental para o crescimento profissional”, enfatiza.

Cléber explica que sua metodologia pessoal é fundamentada na construção coletiva. Como representante de uma entidade de classe, ele promove diálogos que buscam desenvolver novas ações e atividades para o crescimento da federação e do ensino de teatro.

“A ideia é que todos os membros possam contribuir com suas experiências e aprender mutuamente, seja por meio de oficinas, encontros formativos ou promovendo o desenvolvimento contínuo de cada integrante”, explica.

Linguagem, conexão e ativismo

Mariellen Kuma, atriz, 39, recorda com emoção sua marcante participação no Festival de Parintins em 2013 e 2014. “Foi um dos primeiros momentos em que entreguei meu coração à Amazônia, e entendi o poder que a arte tem de conectar profundamente as pessoas à cultura e à terra. Dancei com uma força que até hoje me marca”, compartilha.

A trajetória de Mariellen no teatro começou com a escolha de explorar uma linguagem capaz de promover transformação, conexão e ativismo. Desde jovem, ela sentiu a necessidade de se expressar artisticamente. Foi quando iniciou seus estudos em Teatro e percebeu como essa área a permitiria investigar sua identidade, especialmente como travesti e artista na Amazônia.

“Escolhi o teatro por ser uma ferramenta poderosa para provocar reflexões e mudar perspectivas. A presença de pessoas trans nas artes cênicas é uma forma de resistência e uma maneira de abrir espaços para que nossas histórias e corpos ocupem o palco de forma legítima”, afirma.

Além de atuar, Mariellen também é diretora e produtora cultural, o que lhe permite misturar suas paixões, como yoga, botânica, ativismo e a luta pelos direitos das pessoas trans.

Um legado artístico

Com uma trajetória repleta de vivências e experiências, a intérprete, atriz e figurinista Koia Refkalefsky, 76, nascida em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), revela que o teatro a acolheu desde muito cedo, mas foi somente aos 36 anos que ela se rendeu à arte, reunindo agora 40 anos de experiências nos palcos, como intérprete e como criadora de figurinos.

“Teatro é a essência da minha vida, o meu amor, o meu viver. Sempre interpretei papéis que me chamaram a atenção, a última personagem é sempre minha favorita. Atualmente, estou encantada com ‘Madama Arapanca’, de ‘Pequena Esperança’”, conta Koia. A obra é do autor Geiber Teixeira, dirigida por Nonato Tavares e integra o repertório da Companhia de Teatro O Pulo do Sapo, onde Koia brilha com seu talento.

Ao longo de sua carreira, a intérprete colaborou com diversos diretores amazonenses renomados, como Chico Cardoso, Théo Corrêa, Gerson Albano e Nonato Tavares, além de autores como Márcio Sousa, Zé Maria Pinto, Leyla Leong, Tenório Telles, Geiber Teixeira e Sérgio Cardoso.

Koia passou 30 anos na Companhia de Teatro Vitória Régia e, atualmente, é uma das idealizadoras da Companhia O Pulo do Sapo, junto com Geiber Teixeira e Bosco das Letras.

Festival de Teatro da Amazônia

Entre os dias 29 de setembro e 13 de outubro, acontece a 18ª edição do Festival de Teatro da Amazônia (FTA). A lista de espetáculos selecionados para essa edição já está disponível no site da Federação de Teatro do Amazonas (fetam.com.br).

Neste ano, o evento, que é referência no norte do País, conta com uma programação com 30 espetáculos, 14 trabalhos na Mostra Jurupari, uma competição dedicada aos trabalhos inéditos produzidos no Amazonas e dividida em oito produções da categoria adulto e seis da categoria infâncias; dez obras nacionais na Mostra Ednelza Sahdo e seis montagens na Mostra Chico Cardoso, que abrange produções dos estados da Amazônia Legal, como Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

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O Festival de Teatro da Amazônia é apresentado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, via Ministério da Cultura – Governo Federal: União e Reconstrução, e pelo Nubank, realizado pela Fetam, com apoio da WEG e do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

 

Fonte: ASCOM/SEC

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