Presidente eleito vai assumir o Brasil com sinais de desaceleração, taxa de juros alta e inflação ainda elevada
O novo governo, que assume em 1º de janeiro, terá de enfrentar entraves na área econômica que vão bem além da questão fiscal, na avaliação de analistas. A economia que espera o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva já mostra sinais de desaceleração, taxa de juros alta, inflação ainda elevada e uma produtividade que não aumenta há cerca de dez anos.
Para piorar, a economia internacional também enfrenta um cenário difícil. A tendência, dizem os especialistas, é que esse panorama faça a “lua de mel” de Lula ser curta quando comparada à de outros governos.
Antes mesmo das eleições, os economistas já vinham projetando uma desaceleração brusca para 2023. Enquanto neste ano o PIB deve avançar ao redor de 2,75%, para o ano que vem é esperado um crescimento entre 0,5% e 1%. Se ficar nesse patamar, será o pior resultado desde 2016, com exceção de 2020, cuja atividade foi impactada pela pandemia.
“A desaceleração já está encomendada, e a responsabilidade vai cair nas costas do novo presidente. É meio que dado que a lua de mel vai ser curtíssima. Normalmente, ela dura de três a quatro trimestres, passadas as eleições. Não vai durar isso com esse quadro de polarização e desaceleração”, diz o economista Braulio Borges, da LCA Consultores.
Fonte; R7.COM