Amazônia Sem Fronteira

Cultura

Das salas de aula do Liceu Parintins para a rede nacional de televisão

Das salas de aula do Liceu Parintins para a rede nacional de televisão
(Foto: Reprodução/TV Globo)

O parintinense Élio Siqueira, professor do Liceu Parintins, levou a experiência do ritmo do boi-bumbá ao palco da Dança dos Famosos

“É um sentimento muito gratificante, é uma felicidade imensa ver o nosso trabalho sendo mostrado em rede nacional e internacional”. Quem afirma é o parintinense Élio Siqueira, responsável pela coreografia apresentada neste domingo (24), no quadro “Dança dos Famosos”, no programa Domingão com o Huck, da Rede Globo.

+ Leia mais notícias no portal Amazônia Sem Fronteira

Élio é professor de dança no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro de Parintins (distante 369 quilômetros de Manaus), coreógrafo oficial do boi-bumbá Garantido, além de ter um extenso currículo de participações no circuito bovino e em festivais de cultura popular. Experiências e conhecimentos artísticos levados para os estúdios da Rede Globo, no Rio de Janeiro, onde cumpriu uma agenda de 12 horas de ensaios, do dia 11 a 21 de março, com o grupo de atores Amaury Lorenzo, Klara Castanho, Henrique Dias e a influencer Talitha Morete.

Segundo Élio, a execução da coreografia superou as expectativas. Ele reconhece que, apesar da visibilidade do Festival de Parintins, o ritmo bovino é algo novo para os professores de dança, atuantes na cidade carioca, e principalmente, para os atores.

“Os caras dançam samba, frevo e um monte de ritmos e não conseguiam pegar o movimento do ‘dois pra lá, dois pra cá’, do boi bumbá, e a marcação tribal também”, disse o parintinense. “Era uma coisa nova. Eles diziam que cansava muito os joelhos, eu falei, poxa, e o frevo?”, lembra o parintinense, repleto de orgulho ao transmitir a didática do ritmo, considerado simples, porém carregado de representatividade, dos povos originários.

As toadas escolhidas para a competição atenderam aos dois bumbás: “Vermelho”, de Chico da Silva, um dos hinos do Garantido e, “Ritmo Quente”, do grupo Canto da Mata, sucesso do Caprichoso.

Élio destaca que ao montar a coreografia, buscou manter a essência do ritmo bovino e a identidade da cultura popular do Amazonas. “O que procurei fazer dentro da toada Vermelho foi lembrar um pouco do nosso bailado corrido e a marcação tribal para que tivesse essa identidade. E, felizmente, consegui fazer que na toada, que começa lenta, depois vai mudando para o Ritmo Quente, toada do Caprichoso, e cresce, se tornando algo grandioso”, explica.

Nesta segunda-feira (25), ainda em êxtase pela repercussão do programa, Élio recorda que o convite para levar a o boi-bumbá para a Dança dos Famosos, aconteceu em setembro do ano passado, quando conheceu o coreógrafo oficial do quadro, Marcelo Grangeiro, durante o curso “História Prática da Dança no Brasil”, em São Paulo. As tratativas, em segredo, renderam até às vésperas da apresentação.

Para o diretor do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, Davi Nunes, a experiência adquirida pelo professor reflete o reconhecimento do artista parintinense na mídia nacional, fortalece a cultura do estado, e o trabalho da escola de artes promovida pelo Governo do Estado. “O Liceu de Parintins é uma referência para o aprendizado e a potencialização das artes no interior do estado”, afirma o diretor.

“O professor Élio está conosco já há algum tempo e tem desenvolvido um trabalho excelente de muita criatividade, empenho e os seus alunos são prova disso, tanto que Parintins tem aprovação de alunos da dança e música, nas universidades”, ressalta Davi Nunes.

• Siga o Amazônia Sem Fronteira no Facebook aqui
• Siga o Amazônia Sem Fronteira no Instagram aqui

Sobre o artista
Élio Siqueira está completando 10 anos no quadro de professores do Liceu Claudio Santoro, unidade Parintins. Nos movimentos bovinos ele traz história, somando 20 anos como coreógrafo oficial do Boi-Bumbá Garantido, mas também com passagens pelo Caprichoso, em 2018 e 2019.

O parintinense já atuou em projetos sociais como “Projeto Pelotão Mirim” e participou de festivais como Çairé, em Alter do Chão, Festival Folclórico de Presidente Figueiredo, Festival Folclórico de Nova Maracanã – Faro.

Fonte: ASCOM/SEC

Mais Notícias