Nos últimos dias, repercutiu nas redes sociais o trecho de um vídeo do jornalista e comentarista Alexandre Garcia, em que ele alega que o Ministério da Saúde só está divulgando agora (2023) a ligação entre casos de trombose e as vacinas de adenovírus — da
“Vejo aqui que o Ministério da Saúde está avisando que há perigo de trombose em vacinas da Janssen e da AstraZeneca — que, aliás, a Fiocruz parou de produzir. Avisando agora. Faz um ano e quatro meses que o então presidente da república [Jair Bolsonaro] avisou, mas os jornais trataram de menosprezar, invalidar o alerta dizendo ‘não tem provas’. […] Quais as consequências disso?”, disse em vídeo publicado no YouTube, no início de abril.
Diferentemente do que o jornalista afirma, o Ministério da Saúde acompanha e divulga desde 2021 supostos casos de trombose que poderiam estar relacionados a essas vacinas, por meio de notas técnicas e declarações em canais oficiais.
Inclusive, em 2021 a pasta deixou de recomendar a vacina da AstraZeneca para gestantes e puérperas após a morte de uma grávida, de 35 anos, logo após a vacinação com o imunizante, com suspeita de síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro.
“Com relação à TTS, trata-se de uma síndrome extremamente rara, inicialmente descrita na Europa, com incidência estimada em 1 caso a cada 100 mil doses administradas da vacina, sendo que ainda não foi possível estabelecer fatores de risco para a ocorrência da mesma”, afirmou em nota.
No mesmo ano, um estudo publicado na revista científica Nature Medicine constatou que a vacina anti-Covid da AstraZeneca pode causar problemas sanguíneos em 1,13 caso a cada 100 mil pessoas que receberam a primeira dose do imunizante, até 27 dias após a aplicação. Apesar disso, os benefícios da vacina continuaram superando os pequenos riscos.
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Em 2022, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) reforçou que “casos raros de trombose em combinação com trombocitopenia (TTS), associados a vacinas contra a Covid-19 com vetor de adenovírus, têm sido detectados no Brasil e no mundo.”
Agora, em 2023, o Ministério da Saúde voltou a repercutir o assunto e a assegurar que todos os imunizantes ofertados à população são seguros, eficazes e aprovados pela Anvisa.
Fonte: R7.COM