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Economia

Confiança do Comércio sobe 4,3 pontos em agosto, diz FGV

Confiança do Comércio sobe 4,3 pontos em agosto, diz FGV
(Foto: EDU GARCIA/R7)

Alta foi influenciada pelas medidas de estímulo do governo e pela desaceleração da inflação; Confiança de Serviços fica acomodada

“A confiança do comércio voltou a subir em agosto. Ao contrário do que vinha ocorrendo em meses anteriores, a alta desse mês foi toda influenciada pela melhora das expectativas. A desaceleração da inflação, medidas de estímulo do governo e melhora da confiança do consumidor contribuem no ânimo dos empresários do setor com os próximos meses”, disse, em nota oficial, Rodolpho Tobler, coordenador da sondagem do comércio no Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

A melhora na confiança foi verificada em cinco dos seis principais segmentos do comércio. O ISA-COM (Índice de Situação Atual) recuou 1,4 ponto, para 104,2 pontos, enquanto o IE-COM (Índice de Expectativas) aumentou 9,7 pontos, atingindo 84,8 pontos.

Para Tobler, embora os empresários estejam mais otimistas, isso não tem se refletido nas avaliações sobre o presente, já que, pelo segundo mês consecutivo, os indicadores que medem a demanda seguem em queda. “Para os próximos meses ainda é possível imaginar resultados positivos, mas é necessária cautela, considerando o ambiente macroeconômico ainda frágil e com alguma oscilação, devido à proximidade das eleições”, analisa.

Com a piora no ISA e melhora no IE em agosto, a distância entre o nível de ambos os componentes se reduziu, mas o patamar da avaliação atual ainda é superior ao das expectativas, além de estar acima do nível neutro.

“O maior desafio agora é a manutenção do resultado positivo das expectativas, e que isso acabe se confirmando em melhora na percepção da demanda dos empresários nos próximos meses”, completa Tobler.

A Sondagem do comércio de agosto coletou informações de 780 empresas, entre os dias 1º e 26 do mês.

Confiança de Serviços

O ICS (Índice de Confiança de Serviços) caiu 0,2 ponto na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, para 100,7 pontos, também informou a FGV. Em médias móveis trimestrais, o avanço do índice foi de 0,8 ponto.

“Depois de cinco altas consecutivas, a confiança de serviços se acomodou em agosto. Nesse mês, apesar de uma avaliação favorável sobre a situação atual dos negócios, há uma percepção de desaceleração na demanda atual. Mas ainda é cedo para afirmar que haverá uma reversão da tendência positiva que vinha ocorrendo, pois existem perspectivas otimistas em relação à demanda nos próximos meses, principalmente no que diz respeito a serviços prestados às famílias”, diz o economista Rodolpho Tobler, do Ibre/FGV.

  • O autocontrole é um fator essencial para lidar com dinheiro, mas, segundo Godoy, os pais devem saber que, entre os 4 e os 12 anos, a criança está formando seu equipamento mental das escolhas intertemporais, que consiste na capacidade de esperar o amanhã para algum benefício, em vez de ter o prazer instantâneo. Por isso, os responsáveis devem saber que as crianças irão cometer erros. ‘Julgamentos errados resultam em perdas financeiras reais e tangíveis. No entanto, é importante dar às crianças espaço para testar certos comportamentos e aprender com as consequências’, afirma o educador financeiro.
  • Muitos pais e mães têm dúvidas sobre como incentivar os filhos a consumir de forma consciente. O ensino da educação financeira pode ficar mais fácil se algumas estratégias forem adotadas para evitar gastos descontrolados. É preciso ainda explicar da forma correta como ter responsabilidade, planejar gastos e lidar com as frustrações. O desafio é fazer as crianças aprenderem a poupar e criar uma relação saudável com o dinheiro.
  • Segundo Mariana Rocha, gerente de Marketing da Mozper, fintech que ajuda famílias com filhos a tomar decisões financeiras  responsáveis, o primeiro passo para estimular as crianças a lidarem com o consumo de uma forma saudável ‘é, além de monitorar compras, incentivar a reflexão sobre a real necessidade de cada gasto ou compra, e a se perguntar, antes de comprar, se é possível esperar e fazer a compra depois’. O objetivo dos pais deve ser mostrar que o problema não é gastar, mas gastar sem propósito.
  • A especialista também indica a realização, repetidamente, de atividades que simulam a criação de hábitos positivos. ‘É preciso apresentar os conceitos de dinheiro desde cedo, como ganhar, economizar e gastar com responsabilidade.  A vivência, na prática, ajuda na criação destes hábitos, e, quanto mais cedo, melhor preparados e familiarizados ficarão’, analisa Rocha.
  • Thiago Godoy, educador financeiro da Rico Investimentos, reforça a importância da repetição. ‘Falar confortavelmente sobre dinheiro precisa acontecer de forma rotineira. Os assuntos financeiros surgem a todo momento, fale abertamente sobre economizar para as férias, trocar de carro ou planejar a faculdade. Inclua seus filhos nas decisões básicas. No supermercado podem ver o que está em promoção antes de decidir o que comprar e definir um orçamento limite antes de sair. Você pode pedir que a criança ajude a família a cumprir o orçamento’, indica.
  • Mas se não conversar com seu filho sobre o assunto, ele irá tirar suas próprias conclusões, que podem ser equivocadas. ‘Nos primeiros 7 anos de vida passamos pela ‘socialização econômica’ e absorvemos uma grande parte das nossas crenças financeiras. Mesmo que você nunca converse diretamente sobre o que é dinheiro, seus filhos irão formar suas percepções. Um estudo realizado em 2014 pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA, mostrou que crianças estão prestando atenção nos hábitos financeiros, mesmo quando os adultos pensam que não’, explica o educador financeiro da Rico.
  • O especialista acrescenta que para o diálogo e ensinamentos funcionarem é preciso dar o exemplo. ‘De nada adianta se seus comportamentos não combinam com o que você fala. Se você não se organiza, vive com problemas e briga com seu cônjuge sobre grana, a criança vai absorver’, afirma.
  • Em relação a melhor idade para começar a conversar sobre o assunto, Thiago Godoy responde que ‘quanto mais cedo melhor’. Segundo ele, uma criança de 3 anos já entende que o dinheiro vem do trabalho, que é necessário cuidar das coisas, como dos seus brinquedos. Uma criança de 5 anos consegue diferenciar valores. Nessa idade já podemos ensiná-las a fazer escolhas. Aos 8 anos ela já possui conhecimento matemático para fazer contas de adição e subtração e consegue entender uma planilha básica.
  • Um dúvida frequente dos responsáveis é qual valor mensal dar para adolescentes e crianças. ‘Os pais devem estabelecer o valor da mesada conforme a sua realidade financeira. O objetivo deve ser, sempre, ensinar a gerenciar o dinheiro, independente do valor. Se ela quiser comprar algo que ultrapasse o limite da mesada, essa é uma ótima oportunidade para ensinar que, às vezes, não é possível comprar tudo o que queremos na hora e, por isso, é legal poupar’, aconselha Rocha. Já, segundo Godoy, não é indicado dar um valor muito elevado, ‘a ideia é educar os filhos a saberem esperar, poupar e escolher. Para isso é importante que eles demorem um pouco para comprar um brinquedo, por exemplo’.
  • Outra decisão que pais e mães precisam tomar é se o filho vai receber a mesada pelo cartão de crédito ou dinheiro. Mariana Rocha, especialista da Mozper, empresa especializada em disponibilizar esse canal de pagamento para crianças, defende que ele tem algumas vantagens.  ‘O cartão de crédito pré-pago estimula o consumo consciente, já que os jovens conseguem utilizar apenas o dinheiro que já está na conta. Ao mesmo tempo, ele acompanha os hábitos de consumo, como assinatura de streamings e compras online; é bloqueado em negócios restritos a menores e direciona o limite de despesas por categoria, como alimentação e entretenimento’, afirma.
  • Por outro lado, a visualização do “dinheiro na mão” pode fazer a criança perceber melhor os gastos. Mas há outras dificuldades, como problemas de segurança, trabalho de ter que fazer saques para entregar a mesada e a dificuldade de acompanhar exatamente onde e como a quantia está sendo gasta.
  • Mas Mariana Rocha alerta que ‘apenas prover acesso aos serviços financeiros não é educação financeira’. As crianças precisam entender três etapas: ‘ganhar dinheiro por meio das tarefas, para aprender o valor; poupar com as metas de poupança fixadas por ela, com apoio dos pais; e gastar com o gerenciamento dos responsáveis, que definem os limites de gastos para que os jovens aprendem a se planejar, baseados num orçamento. Assim é possível ter a experiência real de compra e consumo consciente, desenvolvendo habilidades como tomada de decisões, aprendendo a priorizar e entender o impacto dos hábitos de consumo’, completa a especialista.
  • As crianças não vão aprender a poupar sozinhas. Por isso, de acordo com Rocha, o responsável deve colocar tudo em um papel ou no aplicativo. ‘Oriente as crianças a perceberem o quanto ganham e gastam em um período para que consigam ter uma melhor compreensão das finanças. Perguntas como ‘a mesada dura até o final do mês?’ e ‘com o que eu gasto mais?’ podem ajudá-los a refletir. Caso estejam gastando demais em coisas supérfluas, explique a diferença entre desejo e necessidade. Também converse sobre poupança para que isso se torne um hábito e não um sacrifício e os ajude a definir objetivos de curto, médio e longo prazo com o tempo e o valor necessário para cada meta’, explica a especialista.
  • O autocontrole é um fator essencial para lidar com dinheiro, mas, segundo Godoy, os pais devem saber que, entre os 4 e os 12 anos, a criança está formando seu equipamento mental das escolhas intertemporais, que consiste na capacidade de esperar o amanhã para algum benefício, em vez de ter o prazer instantâneo. Por isso, os responsáveis devem saber que as crianças irão cometer erros. ‘Julgamentos errados resultam em perdas financeiras reais e tangíveis. No entanto, é importante dar às crianças espaço para testar certos comportamentos e aprender com as consequências’, afirma o educador financeiro.
  • Muitos pais e mães têm dúvidas sobre como incentivar os filhos a consumir de forma consciente. O ensino da educação financeira pode ficar mais fácil se algumas estratégias forem adotadas para evitar gastos descontrolados. É preciso ainda explicar da forma correta como ter responsabilidade, planejar gastos e lidar com as frustrações. O desafio é fazer as crianças aprenderem a poupar e criar uma relação saudável com o dinheiro.

Segundo a fundação, a confiança de serviços vinha apresentando resultados favoráveis desde março, com trajetória positiva disseminada entre os segmentos pesquisados, com destaque para os serviços prestados às famílias, que continuaram subindo em agosto.

“Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador e com sinais de desaceleração, a redução da inflação e as medidas de estímulo feitas pelo governo parecem sustentar os resultados favoráveis até o momento”, diz Tobler.

Em agosto, o ISA-S (Índice de Situação Atual) recuou 0,7 ponto, para 100,1 pontos, e o IE-S (Índice de Expectativas) avançou 0,4 ponto, para 101,3 pontos. A coleta de dados para a edição de agosto da Sondagem de Serviços foi feita com 1.548 empresas, entre os dias 1º e 26 do mês.

(Por Agência Estado)

Fonte: R7.COM

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