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Coaches americanos dão ‘curso de namoro’ no Brasil e são investigados por turismo sexual

Coaches americanos dão 'curso de namoro' no Brasil e são investigados por turismo sexual

Coaches americanos dão 'curso de namoro' no Brasil e são investigados por turismo sexual
( Foto: Reprodução )

Estrangeiros realizaram festa em SP em que mulheres disseram ter sido usadas como ‘cobaias’ no âmbito de um curso

Integrantes de um grupo autointitulado Millionaire Social Club (MSC), sediado nos Estados Unidos, estão sendo investigados pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de exploração sexual. O “clube” composto por “coaches de namoro” realizou uma festa em uma casa no bairro do Morumbi, na zona sul da capital, no fim do mês passado no âmbito de um suposto curso sobre relacionamentos.

Uma mulher de 27 anos procurou a polícia para denunciar o caso. Ela contou que um homem a convidou, por meio de um aplicativo de relacionamentos, para ir a uma festa. “No local, havia homens estrangeiros que tiraram fotos e vídeos dela para promover um curso sobre relacionamentos”, detalhou a Secretaria da Segurança Pública em nota.

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A ocorrência foi registrada como favorecimento de prostituição ou outra forma de exploração sexual e agenciar, aliciar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher exploração sexual. As investigações seguirão pelo 34º Distrito Policial (Morumbi), responsável pela área dos fatos”, acrescentou a pasta.

O caso tem repercutido nas redes sociais com críticas ao evento e ao conteúdo do curso, que poderia incentivar práticas de turismo sexual. Em suas redes sociais, o MSC tem se defendido das acusações e alega que todas as pessoas na festa eram “maiores de idade” e disse que as reclamações são feitas por “feministas com raiva”.

“É meio triste que uma coisa positiva tenha sido negativa pela mídia. Fizemos esforços para tornar a festa o mais segura e bem coordenada possível. Contratamos segurança brasileiro, contratamos vários funcionários no local, 8 pessoas para churrasco e até assistentes para ajudar no transporte. Entendemos que somos estrangeiros e entendemos que estamos no país de outra pessoa. Tomamos todas as medidas para respeitar a cultura local e garantir a segurança de todos com quem interagimos”, começa a nota.

“É 2023, acredito que o mundo está globalizado. Não é incomum que as pessoas namorem fora de sua raça. Uma das razões pelas quais fomos ao Brasil em primeiro lugar foi que este é um país multicultural onde todos são aceitos. Nascido na zona rural da China, fiquei muito feliz em descobrir que São Paulo tinha uma grande população asiática. Concordo que crimes sexuais são um assunto sério, mas conhecer alguém organicamente por meio do Tinder ou de aplicativos de namoro online, levar alguém a um restaurante e ter uma interação consensual não é um crime sexual. Conversar no Carnaval ou conversar com alguém em boate pública, mandar mensagem no Instagram, não é crime”, continua.

Fonte: R7.COM

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