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Carolina Ferraz: ‘Estou superfeliz no Domingo Espetacular. Eu não tenho intenção de voltar a fazer novelas’

Carolina Ferraz: 'Estou superfeliz no Domingo Espetacular. Eu não tenho intenção de voltar a fazer novelas'

Atriz, produtora, apresentadora, empreendedora, empresária, profissional de dança, ex-modelo, craque diante de fogões, mesas, panelas e caçarolas. Fazer bem feito coisas diferentes, muitas delas ao mesmo tempo, nunca foi novidade para a goiana Maria Carolina Álvares Ferraz, 54 anos, a Carolina Ferraz, apresentadora do programa Domingo Espetacular, da Record TV, ao lado do jornalista Eduardo Ribeiro.

“Sempre tive disposição de realizar projetos distintos sem me reprimir. É um traço da minha personalidade. Fui modelo e estudei dança. Depois, como atriz, produzi boa parte das peças de teatro e projetos em que atuei. Procurei fazer o mesmo no audiovisual e nos programas de gastronomia e culinária. Durante a pandemia, produzi uma websérie e criei conteúdo para o YouTube e outras redes sociais na internet”, explica ela.

Nesta entrevista, a polivalente Carolina repassa pontos importantes de sua trajetória. Lembra da mudança de Goiânia para São Paulo, aos 14 anos, do início como modelo e profissional de dança e dos principais trabalhos como atriz de tevê, teatro e cinema. Destaca também seu lado de empreendedora. Meses atrás lançou, com a filha Valentina, de 27 anos, a marca C/mples By Carolina Ferraz. Louças, temperos e caldos da grife acabam de chegar ao mercado. “Lançaremos nove produtos até o final de 2022”, garante. A apresentadora não esconde o sonho da vez: “a médio prazo, gostaria de ter um programa próprio, para apresentar, entrevistar e cozinhar com meu jeito”. Acompanhe:

Você completará dois anos de Domingo Espetacular em julho. Como avalia esse trabalho até aqui?
Carolina Ferraz –
 Estou extremamente feliz com o resultado e a repercussão. Fazendo o que queria. Não tenho, ao menos por enquanto, a mais remota intenção de voltar a fazer novelas. Continuo sendo atriz, claro. Sempre animada com cinema, teatro e outros projetos audiovisuais, mas novela, no momento, não. Quero apresentar. Sinto-me altamente realizada por ter conquistado essa meta.

Quais são seus trabalhos prediletos como atriz e produtora?
Fiz muita coisa legal – e, para ser sincera, também muitas ruins. Entre as várias novelas, O AstroKubanacan e Por Amor estão entre as preferidas. Em cinema, admiro A Glória e a Graça, filme dirigido pelo Flávio Tambellini. No teatro, fiquei muito feliz com a peça Que Tal Nós Dois, produzida por mim e pelo Otávio Martins. Curto outras coisas, mas esses trabalhos vieram agora à minha cabeça.

“Sempre me interessei por comportamento. Conversar e escutar o outro. Deixar o entrevistado falar para aumentar as chances dele oferecer informações novas, inéditas. As experiências com o público também contribuíram bastante. E, claro, o fato de eu ter sido entrevistada muitas vezes durante toda a carreira, observando a estrutura e a dinâmica da coisa, complementou o aprendizado”. (CAROLINA FERRAZ)

De onde vem a energia para decidir atuar em tantas frentes?
Sempre tive disposição de fazer coisas diferentes sem me reprimir. É um traço da minha personalidade. Atuei e estudei dança. Depois, como atriz, produzi boa parte das peças de teatro em que atuei. Procurei fazer o mesmo no audiovisual, nos programas de gastronomia e culinária e também nos projetos de internet. Durante a pandemia, produzi uma websérie e criei muito conteúdo para o YouTube e outros espaços da internet. Agora, mais madura, sinto-me ainda mais segura para utilizar meus recursos, desenvolver essas atividades e estar pronta a experimentar outras. Sou feliz assim.

Você tem feito boas entrevistas e reportagens no Domingo Espetacular. A conversa com o ex-deputado estadual por São Paulo Arthur Mamãe Falei do Val, que perdeu o mandato após declarações impróprias na Ucrânia, é um exemplo recente. Buscou algum preparo especial para isso?
Não exatamente algo acadêmico. Mas, olhe, eu sempre me interessei por comportamento. Conversar e escutar o outro sobre os mais diversos assuntos. Deixar o entrevistado falar para aumentar as chances de ele oferecer informações novas, inéditas. As experiências de relacionamento com o público em teatro, cinema e televisão, como atriz e apresentadora, estudando as reações e respostas das pessoas, também contribuíram bastante. E, claro, o fato de eu ter sido entrevistada durante toda a carreira, observando a estrutura e a dinâmica da coisa, complementou o aprendizado.

Muita observação.
Isso. Aprendi até mesmo com as coisas que me incomodavam como entrevistada (risos). Faz parte. Além disso tudo, observo meus colegas jornalistas e pesquiso sobre a vida das pessoas antes das entrevistas. Faço isso para o Domingo Espetacular e também antes das entrevistas publicadas em minhas redes sociais. Minha formação como apresentadora é a soma desses fatores.

Você veio com sua mãe de Goiânia para São Paulo em 1982, aos 14 anos, logo após o assassinato de seu pai, Ladislau. Trabalhou como modelo e investiu na dança e nas artes cênicas. Foi difícil o início na nova cidade (nota da redação: em 26 de janeiro último, Carolina detalhou do assassinato de seu pai, em 1982, ao jornalista Reinaldo Gottino, apresentador do programa Balanço Geral, da Record TV, no Link Podcast, do R7. Disse ela: ‘Tinha 14 anos. Meu pai, economista, foi assassinado ao sair do escritório. Uma história trágica: estouraram a cabeça dele com seis tiros. Precisou ser enterrado em caixão fechado. Foi a mando de um ex-sócio que lhe devia dinheiro. Eles começaram a se desentender por causa da dívida. Antes, meu pai sofreu um atentado. Planejava fazer uma pós-graduação fora do Brasil, mas desistiu por causa do primeiro ataque. Seis meses depois, foi assassinado’)?
Havia evidentemente o sofrimento pela falta do meu pai, mas minha mãe sempre teve recursos para viver. Morávamos eu e mãe. Meus irmãos viviam em outros lugares em São Paulo. Se eu tivesse que trabalhar para ajudar a sustentar minha família, como a maioria dos brasileiros, faria com honra e orgulho, mas no nosso caso, graças a Deus, nunca precisei trabalhar para sustentar minha família. Mergulhei nas atividades profissionais pelo desenvolvimento pessoal e para construir minha independência. É logico que, quando se perde o pai aos 14 anos, assassinado com seis tiros na cabeça, a perspectiva de qualquer pessoa sofre alterações.

Ainda não falamos da Carolina Ferraz empreendedora e empresária. Você tem lançado novidades nessas áreas, né?
Isso mesmo. Eu e minha filha Valentina, de 27 anos, lançamos uma marca, a C/mples By Carolina Ferraz. Esse C do C/mples é, obviamente, uma referência a Carolina Ferraz. Colocamos no mercado uma linha de louças, com pratos, sousplats, travessas, tigelas, bowls e peças para chá e café. Estamos fazendo o mesmo com uma de caldos e temperos. Estamos na fase de ampliação da rede de distribuidores, então daqui a pouco as pessoas irão encontrar nossas coisas mais facilmente. Iremos oferecer nove produtos até o final do ano e outros mais a partir de 2023. Os alimentos e temperos são naturais, orgânicos. As peças, feitas com matéria-prima de primeira qualidade.

“Nosso plano é colocar outros sete produtos de nossa nova marca à venda no Brasil até o final do ano. É um trabalho interessante e animador para nós, que une as visões de duas gerações: a minha e a da minha filha Valentina”. (CAROLINA FERRAZ)

Vocês lançarão outros produtos com a marca?
Nosso plano é colocar outros sete produtos da marca à venda até o final do ano. É um trabalho interessante e animador para nós, que une as visões de duas gerações: a minha e a da minha filha Valentina.

Alguma outra novidade?
Continuarei dedicada à evolução do meu trabalho como apresentadora na Record TV. O objetivo pessoal é ter, a médio prazo, um programa próprio, onde poderei cozinhar, entrevistar e fazer outras coisas ao meu jeito. É o sonho da vez. Vamos em frente.

Fonte: R7.COM

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