Brennand vira réu em processo em que é acusado de cometer estupros
Empresário já respondia a processo por agressão a modelo. Ele foi preso na quinta em Abu Dhabi e pagou fiança, mas será extraditado
A Justiça de São Paulo aceitou uma nova denúncia do Ministério Público de São Paulo contra o o empresário Thiago Brennand, de 42 anos, acusado de agredir uma modelo em uma academia em São Paulo. No novo processo a que Brennand responderá como réu, ele é acusado de cometer cinco vezes os crimes de estupro, cárcere privado, lesão corporal gravíssima, coação no curso do processo, constrangimento ilegal e ameaça, além de registro não autorizado de inimidade sexual.
A denúncia foi feita nesta sexta-feira (14) pela Promotoria de Porto Feliz, no interior de São Paulo, cidade onde o réu morava antes de deixar o Brasil. No mesmo dia, a Justiça aceitou a denúncia, o que transforma o empresário em réu nesse processo. Também foi decretada uma nova prisão preventiva. Brennand já era procurado pela polícia no processo da agressão à modelo Helena Gomes, no qual já é reu. Ele foi preso na quinta-feira (13) nos Emirados Árabes Unidos, pagou fiança e aguardará a extradição para o Brasil em liberdade.
Em vídeos publicados na internet, o empresário milionário se diz “perseguido” e “vítima de uma cruzada midiática”. O advogado Ricardo Sayeg, de um dos escritórios de advocacia que defendem Brennand, disse que não poderia dar informações sobre o caso.
A nova denúncia realizada pelo Ministério Público considera denúncias feitas por mulheres após o caso da agressão na academia ser divulgado na mídia. O Ministério Público recebeu relatos de de ao menos dez mulheres acusando Brennand de diferentes crimes. Em um dos casos, a vítima o denunciou por mantê-la em cárcere e diz ter sido obrigada a tatuar as letras TFV, iniciais do nome do empresário.
O empresário também foi denunciado por homens por agressão ou ameaça. Entre eles, o medalhista de hipismo Doda Miranda, que conseguiu na Justiça uma medida protetiva que impede a aproximação de Brennand.
A polícia de São Paulo aguarda que a extradição do empresário ainda leve algum tempo, em razão de trâmites burocráticos. A expectativa é que ele retorno ao Brasil até janeiro. A Polícia Federal será responsável pelo traslado.
Fonte: R7.COM