Dois ucranianos morreram e nove ficaram feridos nas regiões de Donetsk e Kherson, apesar da trégua anunciada por Vladimir Putin
Neste domingo (8), militares russos assumiram ter bombardedo dois quartéis de Kramatorsk, leste da Ucrânia, infligindo pesadas perdas ao seu adversário. Eles justificaram a ação como sendo uma ‘retaliação’ pelo ataque ucraniano a Makéyevka no Ano Novo, que matou 89 soldados russos.
“Em resposta ao bombardeio criminoso do regime de Kyiv nos primeiros minutos de janeiro de 2023, (…) as forças russas realizaram uma operação de retaliação”, disse o Ministério da Defesa da Rússia, em seu relatório diário.
Um pouco mais cedo, autoridades de Kiev, na Ucrânia, denunciaram ataques russos nas regiões de Donetsk e Kherson, que deixaram dois ucranianos mortos e nove feridos nas últimas 24 horas, mesmo com o cessar-fogo, anunciado pelo presidente russo.
Na quinta (5), Vladimir Putin declarou um cessar-fogo de 36 horas, para permitir que os cristãos ortodoxos se reunissem para o Natal, celebrado em 7 de janeiro na Rússia e na Ucrânia.
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A trégua unilateral terminou no sábado às 21h GMT (Greenwich mean time, ou tempo médio de Greenwich, em português, marcado em Londres, no Reino Unido), que corresponde às 18h no horário de Brasília.
Na região leste de Donetsk, o ataque armado da Rússia deixou um morto e outros oito feridos, disse Kirilo Timoshenko, representante do gabinete do presidente ucraniano.
Ele também relatou que, no nordeste de Kharkiv, uma pessoa foi morta, e ao sul de Kherson, outra ficou ferida.
“Apesar do chamado ‘cessar-fogo’, declarado pelos ocupantes russos, (…) o inimigo lançou nove mísseis, realizou três ataques aéreos e disparou 40 projéteis”, disse o Ministério da Defesa ucraniano, em um comunicado. “A infraestrutura civil foi afetada”, afirmou a pasta.
Jornalistas de Kiev e correspondentes da AFP no local constataram que há poucos sinais de que os combates tenham diminuído no sábado (7).
“Depois da meia-noite, o inimigo lançou sete foguetes em Kramatorsk e dois em Kostiantinivka”, disse Pavlo Kirilenko, governador de Donetsk.
Fonte: R7.COM