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Beto Barbosa tem ataque de estrelismo, desrespeita fãs e não vê que lambada é ritmo morto-vivo

Beto Barbosa tem ataque de estrelismo, desrespeita fãs e não vê que lambada é ritmo morto-vivo
( Foto: Reprodução )

O lambadeiro Beto Barbosa deu um xilique num programa de TV nesta quinta-feira (4) e deixou o estúdio todo irritado. Tudo porque um repórter havia perguntado para as pessoas  na rua se elas acreditavam que a lambada ainda existia. Foi o suficiente para o cantor ficar bravinho, se recusar a cantar e, na sequência, deixar a apresentadora falando sozinha.

Bom, a situação toda é bem ridícula e Beto precisa entender que não há absolutamente nada de errado com a pergunta do repórter. Ele tem todo o direito de questionar as pessoas sobre o assunto e não há desrespeito nenhum com isso. O estrelismo do artista é completamente injustificado.

Veja: a lambada é um ritmo que fez um enorme sucesso nos anos 80 até parte dos 90. Tomou conta das rádios brasileiras, e artistas como o próprio Beto Barbosa, a banda Kaoma, Sarajane, entre vários outros, invadiram os canais de TV com suas músicas e danças. Virou uma febre mesmo e Beto era tipo o rei da coisa toda.

Mas encheu a paciência de todo mundo, ninguém aguentava mais ouvir o “chorando se foi quem um dia só me fez chorar” e moda passo. Outros sons apareceram, deixando a lambada para trás.

É óbvio que o ritmo que consagrou Beto Barbosa ainda existe. Um tipo de som não desaparece só porque não está mais no centro das atenções da mídia. Pegue o rock brasileiro, por exemplo. Quantas bandas e cantores fizeram sucesso total nos anos 80? Titãs, Ritchie, RPM, Kid Abelha, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso comandaram as rádios e vendas de discos em parte daquela década. E quantas vezes você já não viu por aí um repórter perguntando, antes de uma matéria com algum artista, “você lembra do RPM?” ou “você sabe por onde anda o Ritchie?”. Absolutamente normal. Nunca vi Paulo Ricardo ou o “menino veneno” se irritando com isso.

A lambada, atualmente, faz companhia a ritmos conhecidos mas que não estão mais em evidência, como o blues, jazz, rock, pagode etc. etc. É mais um som morto-vivo que, apesar de não estar com grande destaque, continua existindo, tendo lançamentos e artistas engajados. Mas, de novo, não é o que as pessoas mais ouvem hoje me dia.

E aí, tudo bem um repórter perguntar se “a lambada ainda existe” ou “se alguém ainda ouve lambada” ou “se alguém lembra da lambada”. Problema zero com isso. Não há desrespeito algum. Só mesmo na cabeça do Betão.

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Com essa sua atitude, Beto Barbosa é quem acusa o golpe e passa recibo sobre a possível irrelevância do ritmo que o consagrou.

Na boa, o cantor precisa baixar a bola. Deveria, aliás, voltar ao programa, pedir desculpas ao público e cantar pela milionésima vez Adocica, seu hit lançado em 1988.

Fonte: R7.COM

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