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Beth Azize lança dois livros inéditos na Valer Teatro, nesta quinta, 13 de fevereiro de 2025

A autora, juíza aposentada e militante política entre as décadas de 70 e 90, terá mais duas obras inéditas publicadas pela editora Valer

Beth Azize lança dois livros inéditos na Valer Teatro, nesta quinta, 13 de fevereiro de 2025
(Foto: Divulgação)

A ex-juíza, professora, jornalista, vereadora por Manaus, deputada Estadual, deputada Federal-constituinte e escritora, Beth Azize, aos 85 anos, lança no próximo dia 13 de fevereiro de 2025, no Salão de Eventos da Valer Teatro, a partir das 17h, uma coletânea de artigos e crônicas, “O Silêncio dos Sinos” e “Minha voz na política brasileira”, editados pela Valer.

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O livro de crônicas traz memórias dela e da família, de lugares, maneiras e manias que, atualmente, ajudam na compreensão de quem fomos, onde vivemos e o que fazermos com nossas memórias atuais. O segundo livro, “Minha voz na política brasileira” traduz a importância de Beth Azize no cenário da política nacional, na condição de representante do Amazonas.

Para Neiza Teixeira, coordenadora editorial da Valer e professora doutora em Filosofia, publicar os livros de uma mulher que realizou movimentos políticos históricos no Estado, exercendo inúmeras vezes o papel de presidente do poder Executivo, marcou gerações e inspira outras mulheres a exercer esse tipo de papel.

“Fora de todos os jargões e de todos os modismos, Beth Azize desafiou o império masculino, a censura imposta às mulheres e a própria aceitação das mulheres por uma condição até indigna: a opressão, a proibição, o acanhamento. É uma mulher que marcou o nosso tempo. Somos agradecidos a ela, muito”, ressaltou Neiza.

O diretor-geral do grupo Valer, jornalista Isaac Maciel, entende que o pensamento político e as criações literárias de Beth Azize enriquecem as discussões contemporâneas a respeito da complexidade sociocultural da Amazônia e seus relações com o Brasil e com o mundo.

“Não poderíamos prescindir dessas obras em nosso portfólio de temas amazônicos. Trata-se de abordagens profundas, porém, de fácil compreensão para o espectro de leitores”.

Sobre a autora

Nascida em Manacapuru-AM, filha de Rafael Azize Abrahim e Olga Azize Abrahim, neta do mascateiro Azize Dibo Mussa, libaneses, Elizabeth Azize é a Beth Azize que ainda jovem se formou em Direito, tornou-se juíza, concluiu o curso de Jornalismo, passou por três legislaturas (municipal, estadual e federal) e é escritora de crônicas memoráveis.

Sobre ‘O silêncio dos sinos‘

Essa obra reúne uma coletânea de crônicas que descobre o cotidiano de Manaus antes e pós-Zona Franca de Manaus (ZFM), com os seus lugares, costumes e paisagens em processo de mudanças.

Sua escrita imagética mostra ao leitor álbuns de fotografias que o levam a percursos e suas gentes que agora só ocorrem na memória, porém vivas e pujantes e articulada com a Manaus atual.


É, por isso, um livro belo, instigante e envolvente, um companheiro de jornada pela infância, adolescência e vida adulta da autora que entrelaça vivências e experiências do lugar e do mundo.

“Beth Azize retorna à sua infância, vivida nas ruas que circundam a praça dos Remédios, viajando nas catraias, correndo com os seus amigos pelas ruas do antigo Centro da cidade […] As crônicas de Beth Azize depositam um sorriso nos nossos lábios e uma saudade no nosso coração”, explica a coordenadora editorial da Valer, professora doutora em Filosofia Neiza Teixeira.

Sobre o ‘Minha voz ativa na política brasileira‘

Beth Azize milita na política desde o final da década de 60, quando a liberdade de expressão esteve suprimida pela ditadura militar (1964-1985). A trajetória de vida da autora expressa a força de uma mulher para além do seu tempo.

Beth Azize foi vereadora de Manaus (1977-1978); primeira juíza de Direito (1966-1970), primeira presidenta da Assembleia Legislativa (1983-1985), primeira governadora (interina) da história do Amazonas. Foi uma das 26 mulheres que assinaram a Constituição de 1988, no universo de 558 congressistas.

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Na Constituinte, por exemplo, assumiu pautas que resultaram em conquistas de direitos, como a igualdade na sociedade conjugal.

Sempre esteve no radar da imprensa nacional e internacional por ser voz ativa, polêmica e inteligente a contribuir com as questões mais relevantes do país.

“Ela mostra o que foi, com ramificações para o presente, a política local e nacional nas décadas de 70 e 80. É um conjunto de crônicas e artigos que têm como conteúdo o dia a dia da cidade, da população pobre, da classe média, os malfeitos dos políticos, a corrupção. Elizabeth conduz-nos e nos faz pensar que, apesar de tudo, ainda tínhamos uma Manaus bela”, escreve Neiza Teixeira.

 

Fonte: ASSESSORIA

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