O atleta de apenas 14 anos do povo Kambeba, Antônio Filho Pontes, fez história nesta sexta-feira, dia 29 de abril, ao conquistar o terceiro lugar na categoria de mil metros da Copa Brasil e Controle Nacional de Canoagem Velocidade, no município de Capitólio, em Minas Gerais.
Ele e seus irmãos, Thaís Pontes e Tailo Pontes, são atletas do projeto de incentivo à canoagem da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), e foram convidados pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) para participar da competição nacional, que segue até domingo, 1º de maio.
Essa é a primeira disputa nacional do trio, que foi convocado após os bons resultados no 2º Campeonato de Canoagem Indígena, organizado pela FAS, em parceria com a CBCa e a Embaixada da Irlanda, no início de abril, na comunidade indígena Três Unidos, localizada no Amazonas.
A Copa Brasil é a primeira prova de 2022 do circuito nacional, com a disputa das categorias infantil, cadete, júnior, sênior e master, masculino e feminino, na canoa e no caiaque. A competição serve como uma avaliação para convocações posteriores e até internacionais.
“Queremos aproveitar essa oportunidade da convocação pela CBCa para fazermos bons resultados rumo a outras competições”, afirma Antônio Pontes, que tem o nome indígena de Weu, que significa papagaio em português.
A atleta Thaís Pontes, de 16 anos, destaca o apoio recebido da comunidade e da FAS pela convocação. “Essa é a primeira vez que viajamos para competir. Foi uma alegria muito grande para nós, nossos pais, nossa comunidade e para a FAS, que está dando muito apoio para esta viagem”.
Já Tailo Pontes, de 17 anos, se sente grato pela convocação e projeta boas expectativas para a primeira competição nacional. “Foi uma notícia muito boa a de termos sido convocados pela vice-presidente da CBCa, Luciana Costa, e com certeza essa oportunidade é muito importante para nós”, diz.
Sobre a Canoagem Indígena
Implementado desde 2019, o projeto Canoagem Indígena, idealizado pela FAS em parceria com a CBCa, tem o objetivo de valorizar os jovens por meio do esporte. A iniciativa já beneficiou mais de 60 atletas indígenas e ribeirinhos das comunidades Três Unidos, Nova Kuanã São Sebastião, localizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, administrada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema).
Fonte: FAS