Homem morreu a tiros em frente a sua residência; condenado a 400 anos, ele tinha até canal no Youtube
Ele foi condenado a 400 anos de prisão pela morte de 71 pessoas e deveria ficar na cadeia até o ano de 2104. Mas Pedrinho Matador, que era considerado o maior assassino em série do Brasil e estava em liberdade desde 2017, foi morto a tiros, aos 68 anos, em frente à residência onde morava em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, na manhã deste domingo (5).
Pedro Rodrigues Filho nasceu no dia 29 de outubro de 1954, em uma fazenda na cidade de Santa Rita de Sapucaí, no sul de Minas Gerais e seu histórico de assassinatos começou muito cedo. Mais precisamente aos 14 anos, quando matou o vice-prefeito de Alfenas, município mineiro.
A morte do político aconteceu por uma vingança do então garoto. O pai de Pedrinho, Pedro Rodrigues, trabalhava como guarda de uma escola e foi acusado de furtar merendas destinadas aos alunos. Acabou sendo mandado embora “sem direito a nada”, de acordo com o criminoso. Motivado pelo ódio, Pedrinho planejou tirar a vida do vice-prefeito. “Esperei ele em frente à casa dele, atrás de uma árvore. A hora que ele desceu do jipe foi a hora que eu dei o primeiro tiro”, contou em uma entrevista à Record TV. “Eu simplesmente sou um assassino. Eu sempre fui”, definiu a si mesmo ao contar sua história.
Tatuagem no braço de Pedrinho
Apesar de ter matado o político a tiros, Pedrinho possuía preferência por facas para executar suas vítimas e usou a arma na maioria dos crimes que cometeu. Ele tinha inclusive tatuagens com desenhos de punhais espalhados pelo corpo e também a frase “mato por prazer” no braço esquerdo.
Primeiro assassinato
Depois que cometeu o primeiro assassinato, o rapaz não parou mais. Em entrevistas, Pedrinho não demonstrava remorso quando contava sobre as mortes que provocava. Em sua visão, agia como um “justiceiro” e tirava a vida de quem julgava merecer. “Eu mato pessoas que não valem nada. Eu nunca matei uma criança ou um idoso”, contou.
Atrás das grades
Pedrinho matador foi preso pela primeira vez em 1973
DOMÍNIO PÚBLICO
Dos 68 anos que viveu, 42 deles foram atrás das grades. Pedro foi preso pela primeira vez aos 18 anos, em 24 de maio de 1973. Após 34 anos, teve redução da pena por ter trabalhado na cadeia e foi solto em 2007 quando recebeu um indulto.
Entretanto, Pedrinho voltou ao presídio quatro anos depois pelos crimes que cometeu dentro do sistema prisional: o assassinato de 40 pessoas. “Eu sempre tive uma filosofia só: se eu mato na rua, eu mato na cadeia também”, disse.
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De acordo com o próprio assassino, ele teria matado presidiários em celas, refeitório, pátio e até no veículo que transporta os detentos. “Pedrinho matador” foi transferido para diversos presídios do estado de São Paulo, inclusive para um anexo da Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté.
“Matar uma pessoa é a coisa mais fácil. Só apontar, atirar e já era”, disse o assassino em série. Embora tenha sido condenado por 71 homicídios, Pedrinho confessou ter tirado a vida de mais de 100 pessoas, dentre elas, a do próprio pai.
Vingança contra o pai
A raiva e o rancor que Pedrinho sentia por seu pai já vinha sendo nutrida havia muitos anos. Segundo o matador, Pedro Rodrigues costumava agredir a esposa e chegou a chutar sua barriga durante durante uma briga, quando ela estava grávida de Pedrinho. Por isso, o assassino nasceu com um ferimento no crânio.
Futuramente, o pai foi o responsável pelo assassinato da mulher e ficou recluso no mesmo presídio em que Pedrinho estava. Quando o filho descobriu, fez uma promessa para a mãe em frente ao seu caixão: “a pessoa que fez isso vai pagar da mesma forma”.
“Meu pai tirou a vida dela e quem tirou a vida dele fui eu. Ele deu 21 facadas na minha mãe, então eu dei 22 nele”, contou. “O povo diz que comi o coração dele. Não, eu simplesmente cortei, porque era uma vingança, não é? Cortei e joguei fora. Tirei um pedaço, mastiguei e joguei fora”, explicou.
Fonte: R7.COM