O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres deve prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na quinta-feira (10). Essa é a quarta vez que a oitiva de Torres é marcada no colegiado. Ele não compareceu nas primeiras três datas.
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A convocação de Torres, junto com a quebra de sigilo bancário, fiscal e eletrônico dele, foi autorizada pelos deputados distritais da comissão em 14 de fevereiro. A primeira oitiva foi marcada para o mês seguinte, em 9 de março. Na época, o ex-ministro estava preso por suposta omissão nos atos de 8 de janeiro. Torres então solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que não fosse obrigado a comparecer e que pudesse ficar em silêncio caso fosse.
O ministro autorizou a liberação dele para depoimento “somente se houver sua prévia concordância” e o silêncio durante a oitiva. Diante disso, Torres optou por não comparecer à sessão marcada para o dia 9. Segundo a defesa, ele já teria dado todas as explicações à Polícia Federal e não haveria necessidade de novo interrogatório.
A CPI solicitou um depoimento privado de Torres para 16 de março diante da vontade dele de não ser filmado, mas ele não pôde ir por precisar comparecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na mesma data e horário.
A Comissão, então, marcou uma terceira data — 23 de março. Na ocasião, Torres informou ao STF que não queria prestar depoimento na CPI por não ter “nada a acrescentar”.
Um novo requerimento de depoimento foi aprovado em junho e uma quarta data foi definida —10 de agosto. Na mesma semana, na terça-feira (8), Torres presta depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional.
O presidente da CPI do DF, deputado distrital Chico Vigilante (PT), afirma que Anderson Torres é obrigado a se apresentar. “Ele está convocado como testemunha e terá que vir. Pode até ficar calado, já que não podemos obrigá-lo a falar, mas vai ter que comparecer”.
A defesa de Anderson Torres informou que está avaliando se ele vai prestar o depoimento à CLDF.
Fonte: R7.COM