Para averiguar denúncias que chegam pelos canais de atendimento, via aplicativo e telefone, a concessionária realizou, na última semana do mês de abril, uma operação em dois condomínios de casas de alto padrão e uma marina, localizados na Zona Oeste de Manaus. Nestes locais, foram encontradas 39 fraudes, além de várias outras inconformidades.
Na grande maioria dos casos, as denúncias de possíveis irregularidades na rede de energia elétrica de imóveis partem de vizinhos ou são observações apontadas em sistema pelos leituristas, quando fazem a visita mensal para anotar os dados do consumo de energia.
“Recebemos uma média mensal de quase 1.000 denúncias. Setorizamos os endereços por zona para enviar as equipes de inspeção. Além da própria população que nos informa sobre possíveis irregularidades, temos uma grande fonte de informação que são os nossos leituristas, aqueles profissionais que visitam os imóveis todos os meses para anotar o consumo. Eles observam o relógio com atenção e, se suspeitam de alguma anormalidade, informam no relatório”, explicou Rodrigo Silveira, gerente do Departamento de Serviços Comerciais, responsável pelas inspeções de campo.
Nos três dias da operação, foram visitados 61 imóveis terrestres e flutuantes (casas dispostas sob o rio). Em 39 residências, foram comprovadas fraudes (furto de energia elétrica por meio de ligações clandestinas). Na maioria dos casos, as residências não dispunham de medidor e mantinham ligação direta com a rede de energia elétrica.
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“É muito comum o proprietário fazer ligação direta na rede de energia durante o período de obras e, quando conclui o imóvel, mantém a irregularidade. Esse sistema é fraudolento por inteiro. A Amazonas Energia, com base na legislação brasileira que regulamenta a questão, recomenda que o interessado solicite uma ligação nova antes de iniciar a obra, independente do porte”, salientou Rodrigo Silveira.
Novas ligações e cortes
Durante a operação, os imóveis, que contavam com ligações clandestinas, foram normalizados. A concessionária de energia instalou medidor e criou unidade consumidora para a residência. A partir da regularização, o proprietário passará a receber as faturas no endereço cadastrado e também informes pelo SMS de ações relacionadas à energia como interrupções programadas, envio da fatura etc.
“Operações como estas somente são possíveis com o apoio dos condôminos e da administração do local, pois estas ligações clandestinas e a proteção de condôminos inadimplentes prejudica diretamente todos os residentes no local. É importante também ressaltar que a resolução normativa da ANEEL define que a concessionária de energia deve ter livre acesso aos medidores e equipamentos, pois é a única credenciada para verificar as instalações.” completou Silveira.
Os imóveis que, – após várias notificações da concessionária sobre fatura ou faturas não pagas, não se regularizaram – tiveram a energia cortada. A medida extrema foi adotada em 24 unidades consumidoras. Os proprietários ou os representantes legais podem reativar o serviço, desde que negociem os valores atrasados. As negociações podem ser realizadas nas lojas de atendimento, pelo aplicativo “Amazonas Energia”, site e call center (0800 701 3001).
As operações ocorrem durante o ano inteiro e abrangem todas as áreas da capital e do interior, assim como imóveis tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. As denúncias podem ser feitas pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor, telefone 08007013001 ou pelo aplicativo da Amazonas Energia que pode ser baixado gratuitamente.
Fonte: ASSESSORIA