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Alckmin garante que nenhuma reforma já aprovada será desfeita no governo Lula

Alckmin garante que nenhuma reforma já aprovada será desfeita no governo Lula

Alckmin garante que nenhuma reforma já aprovada será desfeita no governo Lula
( Foto: Reprodução

O vice-presidente eleito defendeu a responsabilidade fiscal e afirmou que o imposto sindical não será retomado

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) afirmou, na tarde deste sábado (26), que o novo governo não pretende desfazer nenhuma reforma feita recentemente, como a trabalhista e a da previdência. A fala ocorreu durante o Fórum Esfera Brasil, que reúne autoridades, políticos e empresários em São Paulo para discutir as prioridades do Brasil para os próximos anos.

“Não tem nenhuma reforma a ser desfeita. O imposto sindical não vai voltar. Agora, estamos frente a uma questão de plataformas digitais, que precisam ser verificadas. O entregador de comida trabalha sem descanso semanal remunerado, por exemplo. Então, é preciso aprofundar essas discussões”, declarou o ex-governador de São Paulo.Alckmin, que é coordenador da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu a amplitude do grupo, que reúne cerca de 300 pessoas, das quais a maior parte participa de maneira voluntária. “Quanto mais estimular a sociedade civil a participar, melhor. Quem ouve mais erra menos. O presidente Lula vai ouvir todas as vozes”, garantiu.

O vice-presidente eleito, ao contrapor as recentes afirmações de Lula, ressaltou a importância da responsabilidade fiscal. “A questão fiscal não é nem de direita nem de esquerda, é senso comum. A responsabilidade fiscal é essencial, e já tivemos experiências boas. O foco tem que ser o crescimento da economia, mas é preciso compatibilizar as duas coisas, porque ele não é incompatível com a questão social. O rigor fiscal é uma obra interminável para o Brasil crescer. Temos uma cultura cartorial, com muita burocracia e muito papel”, continuou.

Segundo Alckmin, o governo Lula trabalhará com eficiência em relação aos gastos públicos. “Podem ter certeza de que esse ajuste fiscal ocorrerá. Ele vai ser feito, e de maneira permanente. Não vou gastar mais do que arrecado, então preciso cortar gastos. Vou cortar do salário mínimo? Vou fazer ajuste em cima de 71% dos aposentados e pensionistas que têm que viver com R$ 1.212? Tem muitas formas de você fazer o ajuste, porque ele é necessário para o Brasil crescer. Mas fazendo com olhar social.”

A indefinição da equipe do novo governo, sobretudo do chefe do Ministério da Economia, tem sido um dos principais entraves na discussão com o Congresso Nacional acerca da PEC (proposta de emenda à Constituição) do estouro. O projeto pretende extrapolar o teto de gastos para garantir o pagamento do Auxílio Brasil a partir do próximo ano, quando o programa voltará a ser chamado de Bolsa Família.

Na próxima segunda-feira (28), o presidente eleito Lula desembarca em Brasília para reforçar as negociações sobre a PEC. O painel do qual Alckmin participou neste sábado teve a presença do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), o ministro Bruno Dantas, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 

Fonte: R7.COM

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