A criação da Lua, um mistério de mais de 4 bilhões de anos. Pesquisadores do Instituto de Cosmologia Computacional da Universidade de Durham, na Inglaterra, fizeram um estudo, com simulações de alta resolução, e descobriram que a Lua teria sido criada em poucas horas, não em séculos, como se acreditava.
Os pesquisadores dizem que o satélite foi colocado imediatamente em órbita após um impacto gigante entre a Terra e um corpo do tamanho de Marte conhecido como Theia.
A pesquisa partiu de uma simulação computadorizada, feita com um código de alta precisão, que executa centenas de colisões em diferentes ângulos de impacto, velocidades, rotações de planetas, massas e muito mais.
Origem instantânea
A equipe envolvida na pesquisa afirma que impactos gigantes podem colocar imediatamente um satélite – com massa e conteúdo de ferro semelhantes à Lua – em órbita muito além do limite de Roche da Terra, que é a distância de um corpo celeste dentro da qual um segundo corpo celeste pode ser mantido unido por sua própria força de gravidade.
Mesmo os satélites que inicialmente passam dentro do limite de Roche podem sobreviver de maneira confiável e previsível, sendo parcialmente desmontados e depois torcidos em órbitas mais amplas e estáveis.
Segundo os pesquisadores, as simulações de alta resolução mostram que a lua foi criada em poucas horas quando o material da Terra e Theia foi lançado diretamente em órbita após o impacto.
Eles desenvolveram simulações de supercomputadores para estudar a origem da Lua, que remonta a cerca de 4,5 bilhões de anos atrás. As simulações foram desenvolvidas em código aberto SWIFT.
Quebra-cabeça não resolvido
O novo estudo se tornou importante porque abre toda uma nova gama de possíveis pontos de partida para a evolução da Lua.
“Entramos neste projeto sem saber exatamente quais seriam os resultados dessas simulações de alta resolução. Um satélite tentadoramente parecido com a Lua em órbita”, disse Jacob Kegerreis, pesquisador de pós-doutorado no Centro de Pesquisa Ames da NASA.
“Esse poder computacional revelou que simulações de baixa resolução podem perder aspectos importantes de colisões em larga escala, permitindo-nos ver novos comportamentos surgindo de uma forma que não era possível em estudos anteriores. O cenário de satélite imediato abre novos caminhos, possibilidades para a órbita lunar inicial e propriedades internas”, disseram os pesquisadores em um comunicado.
Fonte: SNB