Se você achou que Chris Williams não poderia se superar após tantos sucessos nas telonas como Bolt – Supercão, Operação Big Hero, Moana, A Nova Onda do Imperador e muitos outros filmes de sucesso, você estava enganado. Chris Williams, agora estreando a sua carreira solo como diretor, decide novamente enfrentar os sete mares em uma aventura épica e completamente original.
Enredo
Quando menor, Jacob, ao cair de um navio e ficar em alto mar, é resgatado pelo Capitão Corvo e se torna um membro do Inevitável, o navio do capitão.
Ao se tornar um tripulante do Inevitável, ele acaba por virar um caçador de feras marítimas e desbravando os sete mares ao redor do mundo, em busca da tão temida Bravata Vermelha, a fera que deixou o capitão sem um de seus olhos.
A história dos caçadores de feras se tornou muito popular, fazendo com que eles tivessem muitos fãs, sendo um deles a pequena Maisie, filha de dois falecidos caçadores, agora tendo que morar em um orfanato.
Após os caçadores chegarem até a capital, Maisie consegue entrar escondida no Inevitável, o navio dos caçadores, e acaba entrando em uma jornada em alto mar com os caçadores.
Durante uma das batalhas contra a Bravata Vermelha, Jacob e Maisie são engolidos por ela, dando a entender que os dois faleceram, mas na verdade, foram mantidos na barriga dela até chegarem em uma ilha, e lá perceberam que a Bravata não era uma fera tão temida assim.
Clichê com entretantos
Desde o início do filme já era tudo muito previsível e um tanto quanto clichê, onde a fera do mar na verdade não era temida, ela apenas temia os humanos, principalmente os caçadores, que sempre tentavam caçá-las quando acontecia algum encontro.
As feras, na verdade quando pequenas são fofos bichinhos, sendo uma delas até mesmo virando uma espécie de mascote de Maisie e que acompanha ela durante a jornada, até mesmo na reta final do filme.
Não só a caracterização dos personagens – principalmente das feras – mas também a relação entre eles lembra muito o que foi Como Treinar o Seu Dragão, da Dreamworks. Além disso, a jornada marítima de uma criança e um “herói” também lembra Moana, filme que o diretor Chris Williams dirigiu no passado.
Atmosfera
A atmosfera criada para o filme por Chris Williams não é tão única assim, já que lembra muito de “Como Treinar o Seu Dragão”, “Moana” e até mesmo “Valente”, devido a astúcia da personagem Maisie ao sair para uma aventura em rumo ao desconhecido.
Entretanto, A Fera do Mar consegue trazer uma aventura digna, trazendo um meio termo entre os Piratas e os Vikings, não chegando a ser nenhum extremo dos dois, fazendo com que você se sinta muito situado no que a geração atual de filmes e séries proporcionam para os telespectadores.
Acessibilidade
Durante a pandemia tivemos muitos filmes saindo diretamente em serviços de streaming, já que os cinemas estavam fechados, ou então alguns filmes chegando através de aluguéis, tendo a Disney feito muito isso com o Premier Access que havia dentro da plataforma Disney+.
Mesmo com a situação pandêmica tendo sido um pouco mais controlada, há alguns grandes filmes que ainda assim chegam direto ao streaming, e A Fera do Mar é o caso de um deles, que chegou diretamente a Netflix, tornando muito mais acessível dos pais assistirem o filme com seus filhos, isso porque esse é um filme feito para a família.
Vale a pena assistir A Fera do Mar?
A Fera do Mar é um filme repleto de clichês e completamente previsível, mas não se engane, o filme está longe de ser ruim, e muito perto de ser excelente.
A Fera do Mar tem uma animação simplesmente incrível, visualmente é tão impecável quanto filmes de grande porte da Disney como o próprio Moana.
Os cabelos da personagem principal são muito bem feitos, os detalhes do mar e principalmente o reflexo do sol nele é algo simplesmente de outro mundo.
Além disso, não só de visual o filme vive, pois a história é tão previsível que acaba se tornando super simples das crianças assistirem, entenderem e se divertindo, junto da temática de “piratas” e “bichinhos fofos” que toda criança ama.
Fonte: R7.COM