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Crise em áreas do varejo abre espaço para negócios voltados a serviços

Em um momento delicado para algumas gigantes, lojas no formato compacto instaladas em strip malls caem no gosto popular e crescem cada vez mais

Os últimos meses foram tumultuados para algumas gigantes do varejo. A Americanas, por exemplo, está em processo de recuperação judicial com uma dívida na ordem de R$ 47,9 bilhões, segundo informações divulgadas publicamente.

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Marisa e Amaro, outras referências do setor de vestuário, também passam atualmente por um processo de reestruturação comercial e renegociações de dívidas. Notícias como essas acendem uma luz de alerta no varejo, mas podem abrir espaço para que empresas de outros segmentos despontem.

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Uma das áreas do varejo que mais registrou crescimento foi a de restaurantes. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor de bares e restaurantes deve registrar uma expansão anual em torno de 20%. Nesse caminho, crescem também os serviços de delivery e take-away.

Um exemplo desse movimento é o McDonald’s. Em recente entrevista à revista Exame, o vice-presidente da rede no Brasil, Dorival Oliveira, citou o plano de expansão da companhia, que inclui a abertura de 40 a 50 novas lojas apenas em 2023.

A KFC também divulgou o plano de abertura de 150 restaurantes drive-thru. A rede de Drogarias Pacheco em São Paulo fala em mais de 150 lojas neste ano, enquanto a Raia Drogasil menciona 260 novas unidades por ano, nos próximos três anos. O Grupo Pão de Açúcar, assim como diversas outras redes de supermercados e atacarejos, encaram 2023 como uma oportunidade de crescimento e ocupação de mercado.

“Neste sentido, os strip malls, que são centros de conveniência onde o consumidor encontra todos os serviços e facilidades, são ideais para abrigar restaurantes, drogarias, petshops, mercados e demais operações com pontos de entrega”, explica Marcos Saad, sócio da MEC Malls e presidente da Associação Brasileira de Strip Malls.

Segundo o empresário, a facilidade desses malls, que estão localizados em pontos estratégicos dentro dos bairros e oferecem conforto, agilidade, segurança e estacionamento gratuito, são pontos que facilitam a escolha cada vez maior dos empreendedores, redes de varejo e consumidores por esse tipo de empreendimento.

“O consumidor de strip mall é aquele com pouco tempo e que consegue se valer de vários serviços dentro do conceito que denominamos ‘one stop shop’. Por isso, o número de negócios como restaurantes, fast food, supermercados, drogarias, petshops, academias e serviços de estética e saúde têm crescido tanto ali”, complementa Saad.

Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), cada strip mall recebe pelo menos 23.627 visitas mensalmente. Este sucesso acontece devido à localização e estratégia de evitar aglomerações considerando que o tempo médio de permanência do consumidor é estimado em 45 minutos. Para lojistas, o modelo também é vantajoso, já que representa menos gastos na comparação com shoppings centers e mais segurança e comodidade em relação às lojas de rua.

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