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Brasil e Portugal se unem em projeto educacional

Iniciativa internacional promove desenvolvimento científico e aproxima estudantes dos dois países da pesquisa espacial

Brasil e Portugal se unem em projeto educacional
Brasil e Portugal se unem em projeto educacional

Estudantes do Brasil e de Portugal terão a oportunidade de desenvolver experimentos científicos que serão enviados à Estação Espacial Internacional (ISS) em uma iniciativa que reforça a cooperação educacional entre os dois países. O projeto, denominado International Journey – ISS Expedition, integra o Student Spaceflight Experiments Program (SSEP), um programa global conduzido pelo National Center for Earth and Space Science Education (NCESSE) e o Arthur C. Clarke Institute for Space Education. A ação é coordenada no Brasil e em Portugal pelo KSCIA – International Space Academy e pela R-Crio Células-Tronco, que incentivam a participação dos alunos no desenvolvimento de experimentos em microgravidade e biologia regenerativa.

A iniciativa, que abrange cerca de 9.800 estudantes de 21 comunidades ao redor do mundo, oferece aos jovens a chance de verem seus projetos selecionados para um teste real no espaço, onde astronautas realizarão os experimentos. Esse programa representa uma oportunidade singular de engajamento científico para os estudantes de ensino fundamental e médio, permitindo que a experiência no ambiente espacial contribua para seu aprendizado.

O diretor científico da R-Crio, Roberto Fanganiello, destaca o valor educacional do projeto. “É com imenso entusiasmo que a R-Crio apoia esse projeto, pois ele representa uma chance única para estudantes brasileiros e portugueses explorarem a biologia regenerativa em um ambiente de microgravidade real”.

Além da parceria com a R-Crio, o KSCIA desempenha um papel central na coordenação do projeto, com o objetivo de aproximar jovens da pesquisa científica e prepará-los para lidar com desafios reais da indústria aeroespacial. “O KSCIA – International Space Academy tem a missão de conectar estudantes à ciência espacial, replicando o que é exigido em programas profissionais. Os alunos estão sendo preparados para enfrentar desafios reais do setor aeroespacial”, explica Giovanna Hueb, representante do KSCIA e coordenadora do International Journey ISS Expedition no Brasil.

Destaques do projeto

  • Experimento espacial eeal: o projeto selecionará um experimento para ser enviado à ISS, onde será realizado em condições de microgravidade, proporcionando uma experiência prática aos estudantes.

  • Educação científica avançada: a ação promove a integração de conhecimentos em ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática (STEAM), incentivando a cooperação entre Brasil e Portugal e preparando os alunos para o futuro.

  • Apoio de patrocinadores: a iniciativa conta com a participação de instituições como o Michaelis Foundation for Global Education e a ANADEM – Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética, entre outros.

Cronograma do projeto

  • Setembro de 2024: início do desenvolvimento dos experimentos.
  • Novembro de 2024: seleção dos experimentos finalistas por um júri científico.
  • Dezembro de 2024: avaliação final das propostas por autoridades americanas.
  • Primavera de 2025: lançamento do experimento à ISS em parceria com a SpaceX.
  • Junho – Julho de 2025: conferência final em Washington, D.C., com participação dos alunos.

Educação espacial e medicina regenerativa: impulsionando a ciência

O projeto abrange também o estudo da medicina regenerativa em condições de microgravidade. A R-Crio, uma instituição brasileira de biotecnologia, destaca o potencial de avanços em engenharia de tecidos e tratamentos regenerativos a partir dessas experiências. Segundo a assessora científica da R-Crio, Yasmin Rana de Miranda, “a pesquisa no espaço sobre os processos celulares em microgravidade abre novos caminhos para entender melhor a regeneração celular, contribuindo para inovações na medicina regenerativa”.

A possibilidade de estudar células-tronco e biomateriais em microgravidade, segundo os pesquisadores, pode levar a descobertas significativas para o tratamento de doenças e lesões, além de influenciar futuras missões espaciais.

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