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Tecnologia pode ser aliada à aprendizagem

Com a expansão de recursos digitais, pesquisadores destacam o potencial da digitalização do setor da educação

Tecnologia pode ser aliada à aprendizagem
Tecnologia pode ser aliada à aprendizagem

Em 2023, o levantamento TIC Domicílios, realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), revelou que 84% da população brasileira tem acesso à internet. 

Com o avanço tecnológico, ferramentas digitais como o ChatGPT passaram a fazer parte da rotina acadêmica de milhares de estudantes e docentes. A Pesquisa Global de Estudantes 2023 revelou que 52% dos universitários brasileiros utilizam Inteligência Artificial Generativa (GenAI) em seus estudos e na elaboração de trabalhos. Os entrevistados indicaram que o uso da IA ​​está integrado não apenas ao ensino, mas também ao trabalho e ao entretenimento.

Em abril de 2023, o Instituto Internacional da Unesco para Educação Superior (Unesco IESALC) lançou o guia ChatGPT e inteligência artificial no ensino superior, para auxiliar no uso da solução e de outros sistemas de inteligência artificial no ensino superior, com base na versão GPT-3.5, a versão gratuita mais recente na época. O manual oferece instruções sobre como aplicar a ferramenta de maneira eficiente e ética, além de fornecer recomendações para a adoção da IA ​​por instituições de ensino, promovendo seu uso responsável e alinhado às práticas educativas.

Além da crescente implementação da IA em processos de aprendizagem, a utilização do WhatsApp também é vista como ferramenta de apoio ao setor da educação. Com 169 milhões de usuários ativos no Brasil, o aplicativo de mensagens instantâneas é apontado como a rede social favorita por 34,2% da população, segundo o  Relatório Global Digital.

Dado o seu protagonismo no mundo digital e funcionalidade para o envio e recebimento de mensagens, durante o período pandêmico, ocasionado pelo COVID-19, os sistemas educacionais aderiram aos métodos digitais para manter a comunicação, o cronograma de ensino e o suporte aos discentes e docentes da instituição. E, atualmente, a implementação do aplicativo de comunicação segue sendo debatida por acadêmicos e pesquisadores da área de educação.

O artigo O uso do WhatsApp na Educação, do pesquisador Braian Veloso, destaca a eficiência do aplicativo na integração entre alunos, professores e colaboradores das instituições de ensino. Segundo o estudo, o WhatsApp se destaca por ser uma ferramenta acessível, que permite o envio e coleta de arquivos como imagens, áudios, vídeos e documentos, facilitando o compartilhamento de conteúdo. Comparado a outras plataformas, esse recurso oferece um benefício superior em termos de praticidade.

No entanto, Veloso aponta que a introdução de mídias digitais e a adaptação a novas metodologias de ensino ainda representam desafios para muitas instituições. Ele destaca a importância de planejar cuidadosamente a aplicação da tecnologia no setor educacional, visando maximizar seus benefícios.

Em meio à discussão sobre a digitalização dos processos educacionais, Deborah Palacios Wanzo, presidente e cofundadora da tuvis, empresa israelense especializada em cibersegurança e conformidade para aplicativos de mensagens como o WhatsApp, comenta: “Plataformas digitais não apenas facilitam o aprendizado, ao compartilhar materiais de aula, mas agilizam processos administrativos, envio de informativos e captação de alunos”. A tuvis desenvolveu soluções que previnem o vazamento de dados sensíveis e integram o WhatsApp aos sistemas de CRM, arquivando as interações automaticamente durante a conversação.

A implementação de recursos digitais levanta questões sobre como a tecnologia pode ser uma aliada no desenvolvimento dos alunos, professores e na gestão escolar. Nesse contexto, Deborah reforça que a digitalização deve preservar a qualidade do ensino e a experiência do aluno, garantindo segurança e eficiência em cada etapa da jornada educacional.

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