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Autor Nei Lucas lança livro “Doglândia”, pela Editora Viseu

"Doglândia: a ilha dos cães falantes” é uma referência ao clássico Revolução dos Bichos e tem o respeito às diferenças como pano de fundo.

O autor Nel Lucas lança o livro “Doglândia: a ilha dos  cachorros falantes”, que faz uma homenagem a Dick, o pastor alemão da Polícia Militar de São Paulo que encontrou o pequeno Eduardinho, desaparecido por dois dias, em 1950.

O livro retrata a jornada de Dick, um vira-lata que é retirado violentamente de sua família e se vê em uma ilha onde os cães caminham sob duas patas e falam como humanos. A ilha é comandada por cães de raças puras, que veem cães sem raça definida como indesejados. Começa aí a aventura de Dick em busca de seu devido lugar.

“Eu fiz questão de tratar os temas da inclusão e da aceitação no livro. Por mais que o tempo passe e a sociedade evolua, a mensagem de que sonhos podem, sim, ser realizados é o que conduz Dick na sua trajetória”, explica.

O autor faz ainda um paralelo com a própria história de superação por ele vivenciada, com poucas oportunidades de acesso à leitura, as dificuldades no início de seu período de alfabetização e as consequências do bullying sofrido nesse período. 

“Eu usei essa experiência para dar mais profundidade para meus personagens. Assim, na narrativa eles encararam as dificuldades com valentia e resiliência”, aponta.

Além das referências autobiográficas, o autor aponta como suas principais fontes de inspiração os gibis de Maurício de Souza, a personagem “Baleia” do clássico “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, as Fábulas de Jean de La Fontaine, Esopo e “A Revolução dos Bichos”, de George Orwel.

No livro, Dick precisa enfrentar a casta dos rotweillers e pitbulls, lutar contra lobos ferozes e buscar força nas amizades feitas, para fazer valer um sistema de igualdade para todos os animais. 

Na vida real, o pastor alemão Dick foi promovido a cabo da Polícia Militar de São Paulo e o canil da corporação que corria o risco de ser fechado pelo governador Jânio Quadros, à época, foi mantido e hoje é um batalhão da polícia daquele estado.

“A mensagem que fica é a superação pessoal diante das diferenças que sempre irão existir, superar nossas dificuldades deve ser um desafio incansável”, conclui.

O livro “Doglândia: a ilha dos cães falantes” é o primeiro do autor mineiro Nei Lucas.

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