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Conferência no Brasil sobre proteção da Amazônia terá participação de John Kerry

Kerry considera a floresta essencial para combater as mudanças climáticas. A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias pretende prestar contribuições à pauta da COP30, a ser realizada em 2025, no Brasil. Evento tem inscrições gratuitas

O que os Estados Unidos esperam de países, como o Brasil, em termos de ações concretas e resultados relacionados à proteção da Amazônia visando gerar efeitos positivos sobre as mudanças climáticas deverá ser a tônica do discurso de John Kerry durante evento internacional no Brasil, em novembro. Ele irá expressar o posicionamento sobre a aplicação de recursos financeiros voltados a esses propósitos. O ex-secretário de Estado e ex-senador John Kerry, que até o início de 2024 era “enviado especial para o clima” do governo de Joe Biden, considera que a proteção da floresta é essencial para alcançar o objetivo do Acordo de Paris, que visa manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C.

Diante disso, em julho, o governo Joe Biden liberou a primeira parcela de um total de US$ 500 milhões de dólares (mais de R$ 2,7 bi) para o Fundo Amazônia, para financiar projetos contra desmatamento e para o desenvolvimento sustentável da região. “Há muitas questões em jogo e riscos para a Amazônia, mas a verdade é que a floresta é fundamental e muito importante para a capacidade do mundo para atender aos objetivos mundiais [quanto ao clima]”, disse Kerry em visita ao Brasil, em fevereiro deste ano.

Kerry foi signatário, pelos EUA, do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, em 2015. Atualmente na iniciativa privada, está envolvido na eleição de Kamala Harris, candidata do partido Democrata à presidência.

O discurso de John Kerry será proferido na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, a ser realizada em Belém (PA), entre os dias 6 e 8 de novembro. Ele falará via plataforma virtual ao público no dia 7/11, a partir das 12h. Ele confirmou participação como um dos principais oradores (keynote speaker), assim como Laurence Tubiana, CEO da European Climate Fondation (ECF), representante especial do governo francês para a COP 21, que selou o Acordo de Paris em 2015. Ela fará sua apresentação no dia 6/11, às 15h; e Ellen Johnson Sirleaf, primeira mulher africana a ser eleita presidente (Libéria) e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz. Ela falará ao público no dia 8/11 às 12h. Tubiana e Sirleaf estarão presentes ao evento. O governo brasileiro terá entre seus representantes o Embaixador André Aranha Corrêa do Lago, Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. Ele falará no dia no dia 7/11, às 9h. 

A conferência está em sua segunda edição. Reunirá mais de 130 palestrantes de diversas partes do mundo e já conta com mais de 1.500 inscritos. As inscrições estão abertas, são gratuitas e com vagas limitadas. Os interessados podem conferir a programação no site.

Um dos focos principais da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias é estruturar uma agenda de sugestões voltada a efetivar uma reação mais qualificada para recuperar o potencial da Amazônia em frear os efeitos das mudanças climáticas, tendo por premissa promover as novas economias e, ao mesmo tempo, proteger a biodiversidade e agir contra as atividades ilegais que destroem o meio ambiente e prejudicam a população e a economia da região.

A conferência tem como curadora a ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, atual Membro do Conselho Econômico e Social da ONU, sendo um de seus idealizadores Raul Jungmann, ex-ministro e ex-presidente do IBAMA, atual diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). “Esperamos que a Conferência represente uma contribuição à pauta e às decisões a serem tomadas na COP30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas”, afirma Jungmann.

Serviço

2ª edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
Data:
6 a 8/11/2024 –  Local: Belém (PA)
Inscrições gratuitas: https://www.amazoniaenovaseconomias.com.br/
Público-alvo: profissionais de setores vinculados às novas economias, gestores públicos, executivos de empresas, profissionais da sustentabilidade e de ESG, gestores e profissionais de organizações da sociedade civil, comunidades de povos ancestrais e originários, negócios de impacto, cooperativas e associações, acadêmicos, ambientalistas, imprensa, público em geral.

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