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Implementação da reforma tributária trará diversos desafios para as empresas

O Brasil inicia o período de transição para uma nova forma de lidar com os impostos

Implementação da reforma tributária trará diversos desafios para as empresas
Implementação da reforma tributária trará diversos desafios para as empresas

A nova reforma tributária, apresentada em 2023, vem sendo foco das discussões econômicas desde a promulgação no Congresso Nacional. No dia 17 de janeiro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou as alterações, onde PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS deixarão de existir. Os tributos darão espaço ao IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Também haverá o IS (Imposto Seletivo), a ser incidido sobre itens prejudiciais à saúde.

Essas mudanças resultaram no aumento da carga tributária final sobre o consumo, considerando a soma do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Embora suas alterações ainda não estejam integralmente em vigor, o ano de 2025 surge como o momento de adaptação e antecipação. A implementação definitiva da reforma está prevista para 2033, com um período de transição prolongado, medidas preparatórias já precisam ser adotadas a partir deste ano.

“As reformas tributárias podem ter um efeito considerável na criação dos valores no setor de prestação de serviços. Atualmente, a alíquota média paga pelo setor varia em torno de 8,65%, considerando PIS, Cofins e ISS. Com a nova proposta, o valor irá ficar em torno de 28%, afetando diretamente o preço dos serviços oferecidos”, salienta Vininha F. Carvalho, administradora de empresas, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

Para Renata Bilhim, advogada tributarista e ex-conselheira do CARF, a proposta atual traz pontos positivos, mas carrega distorções que merecem atenção. “A simplificação é importante, mas o aumento da carga sobre o consumo é um risco real. Isso penaliza quem ganha menos, pois, independentemente da renda, todos pagam a mesma alíquota sobre produtos e serviços”, afirma.

As empresas deverão estruturar alterações em sistemas de controle e gestão para se adequarem gradualmente à entrada do novo sistema tributário brasileiro. A reavaliação de processos internos, o treinamento de equipes e a revisão de modelos de apuração fiscal serão muito importantes nesse período de adaptação.

“Com a unificação dos impostos, as empresas precisam contar com uma avaliação consultiva com especialistas contábeis e tributários, a fim de auxiliar nos cenários, simulações e comparações entre o regime vigente, período de transição e o novo regime”, conclui  Vininha F. Carvalho.

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