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Aposentado que ganha mais de R$ 1.412 não terá reajuste real

Beneficiários do INSS que recebem mais de um salário mínimo terão o reajuste guiado apenas pela alta do INPC, sem aumento real; especialista alerta para risco de endividamento

Aposentado que ganha mais de R$ 1.412 não terá reajuste real
Aposentado que ganha mais de R$ 1.412 não terá reajuste real

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou em 11 de janeiro a alta acumulada anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para 2023. O resultado, 3,71%, irá guiar o reajuste previsto para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem mais de um salário mínimo.

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Isso significa que aposentados e pensionistas que recebem mais de R$ 1.412 não terão um aumento real, apenas a correção do valor para corresponder à reposição da inflação refletida na alta no INPC. Já trabalhadores empregados e contribuintes individuais terão o recolhimento reajustado por alíquotas que variam de 5 a 20%, a depender do tipo de contribuição.

O INSS funciona desde 1990 recolhendo contribuições dos trabalhadores para manter o regime de previdência social brasileiro. Além das aposentadorias, o fundo serve para pagar salário-maternidade, auxílio doença, pensão por morte, entre outros benefícios.

“Infelizmente, com o baixo índice da inflação em 3,71%, os aposentados que ganham acima do salário mínimo poderão encontrar dificuldades para ter uma qualidade de vida digna”, avalia João Adolfo de Souza, que é proprietário da João Financeira, empresa que atua com empréstimos consignados para aposentados e pensionistas. Os beneficiários do INSS que recebem até um salário mínimo terão ganho real acima da inflação, com o valor acompanhando o piso nacional.

O INSS atende um total de 39 milhões de brasileiros, incluindo aposentados, pensionistas, recebedores de auxílios e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Destes, 33% recebem mais de um salário mínimo.

“Por não ter ganho real, apenas reposição da inflação, muitos beneficiários acabam optando pela contratação do consignado, sem planejamento financeiro, o que pode levar ao endividamento”, alerta Souza.

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