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Relatório destaca inovações no setor financeiro do Brasil

Material aponta crescimento do Pix e do Open Finance, traçando também perspectivas para o futuro. Para diretor da Fenasbac, instituição que participou do estudo, Brasil se destaca como exemplo de inovação financeira

Relatório destaca inovações no setor financeiro do Brasil
Relatório destaca inovações no setor financeiro do Brasil

A Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) e a empresa Plug and Play produziram um relatório que mapeia o cenário de inovação financeira na América Latina. 

O estudo, intitulado “Report Fintech Innovation in Latin America”, cita casos de países como Argentina, Chile e México, mas o maior foco está no Brasil. 

Um dos pontos que a pesquisa aborda é o Pix. Segundo os autores do relatório, trata-se da segunda maior modalidade de pagamento instantâneo do mundo. Em 2022, por exemplo, foram 29,2 bilhões de transações, fazendo com que o Brasil perca apenas para a Índia ‒ que efetuou 89,5 bilhões de pagamentos com sua própria solução.

Entre dezembro de 2020 e o mesmo mês de 2022, as transações por Pix cresceram 1900%. O dado evidencia a ampla aceitação da modalidade de pagamento na sociedade. 

Alguns fatores influenciaram para essa popularidade, como a rápida velocidade das transferências (média de três segundos), a gratuidade para pessoas físicas e a possibilidade dos usuários ajustarem seus próprios limites, indica o material. 

A atuação do Banco Central (BC) como desenvolvedor da tecnologia e órgão regulador também é apontada como um fator importante para o sucesso da modalidade de pagamento.

O relatório sinaliza os próximos avanços do Pix, ou seja, quais as possibilidades para o futuro. Uma delas são os pagamentos internacionais com conversão de moeda, integrando a tecnologia brasileira a soluções de outros países.

Dessa forma, uma pessoa com conta no Brasil poderia enviar dinheiro por Pix para a conta de alguém nos Estados Unidos, por exemplo. No entanto, o BC não tem uma previsão oficial de quando isso será possível, ressalva a pesquisa.

Rodrigoh Henriques, diretor de inovação e estratégia da Fenasbac, destaca ainda outras tecnologias que fazem o Brasil ser “um dos maiores expoentes de inovação financeira do mundo”. 

Ele cita especificamente o Open Finance (ferramenta que permite o compartilhamento de informações financeiras entre diferentes instituições com consentimento do titular da conta) e o Drex (versão digital do real, atualmente em fase de desenvolvimento pelo BC). 

“Nossos avanços em tecnologias como Pix, Drex e Open Finance, aliados a um ambiente regulatório e uma população receptiva às novidades, buscam posicionar o país em um local de destaque. É fundamental que continuemos a olhar para essas inovações, aprendendo e adaptando-se rapidamente, para manter nossa influência crescente no mercado financeiro internacional”, afirma Henriques.

No caso do Open Finance, o relatório da Fenasbac e da Plug and Play menciona que, em seus dois primeiros anos de existência, houve 28,3 milhões de consentimentos para o compartilhamento de dados (como os relacionados a produtos de investimento, seguros, câmbio, planos de aposentadoria, entre outros) e mais de 800 instituições participantes.

Entretanto, o relatório diz que a ideia de compartilhar informações bancárias para obter melhores produtos financeiros e soluções personalizadas ainda não foi amplamente compreendida e adotada pela população em geral.

De forma geral, Henriques diz que o relatório divulga “o que está sendo feito na América Latina e comunica para o restante do mundo nossa capacidade de inovar e incluir mais pessoas no sistema financeiro”.

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