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Brasil tem saldo positivo de geração de empregos

Mercado de trabalho aquecido teve movimentação recorde principalmente no setor de serviços; mentora de carreiras e psicóloga explica como a neurociência pode estar relacionada ao bom aproveitamento desse momento positivo da economia

Brasil tem saldo positivo de geração de empregos
Brasil tem saldo positivo de geração de empregos

Ao final de outubro deste ano, 190.366 vagas formais de emprego haviam sido criadas no mês. São 30 mil vagas a mais do que as geradas em outubro do ano passado, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgados no portal da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Até a data da divulgação das informações, o Brasil acumulava um saldo positivo de quase 1,8 milhão de empregos. O número de brasileiros empregados com carteira assinada em outubro de 2023 foi o maior da série histórica até então, um total de 44,2 milhões de pessoas.

O setor em que mais cresceram os empregos foi o de serviços, principalmente nas áreas de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Essas áreas foram responsáveis por um saldo positivo de 109.939 vagas de emprego.

Elisheva Cesco Martinelli é psicóloga e mentora de carreiras e relata que costuma ver os reflexos da movimentação no mercado de trabalho em sua prática. Ela cita, por exemplo, a “luta por talentos” que resulta desse aquecimento do mercado evidenciado nos números do MTE, e que representa uma chance de crescimento rápido para muitos profissionais.

“Neste contexto, as promoções estão ocorrendo em velocidade recorde e os profissionais têm uma chance única de crescer rápida e sustentavelmente”, esclarece a especialista. Ela acrescenta que a capacidade de aproveitar essa oportunidade, porém, não depende só do contexto favorável: muitos profissionais têm buscado o desenvolvimento psicológico para conseguir se adaptar a essa aceleração do ambiente de trabalho. “Esta ajuda, com profissionais qualificados, é fundamental para a saúde mental dos profissionais, evitando doenças como burnout, TEPT e ansiedade generalizada”, completa.

A neurociência aplicada ao desenvolvimento pessoal e profissional

“Pela capacidade do cérebro se modificar com novas situações e aprendizados, a neurociência tem trazido à luz métodos, ferramentas e conceitos que auxiliam os profissionais altamente qualificados a promoverem um aumento significativo em sua performance, ganhando maiores posições em tempo recorde”, resume Martinelli. 

Ela afirma ainda que também a neuroplasticidade cerebral – ou seja, a capacidade de adquirir novos conhecimentos e se comunicar – pode influenciar na aptidão dos profissionais em se beneficiar da geração de empregos, conseguindo recolocações, por exemplo. Além disso, prossegue, “o uso de ferramentas da neurociência permite a aceleração dos processos de adaptação e performance tanto para recolocações quanto em novos cargos por promoção”.

“É aí que entra a neurociência aplicada ao desenvolvimento individual, embora nem sempre os profissionais percebam essa ligação”, explica Martinelli. Habilidades como o domínio das emoções e resiliência para atingir metas, considerando-as na tomada de decisão, ao lado da lógica, intuição e criatividade, são alguns exemplos de competências que podem ser trabalhadas com o auxílio da neurociência e trazer resultados no ambiente de trabalho, diz ela. “Se conhecer ainda é a melhor opção para quem deseja alavancar sua carreira”.

“Existem centenas de sistemas e sub-redes no cérebro que contribuem para o pensamento integral, gerando diversas formas de pensar”, diz. “A neurociência nos ensina a usar essas distintas formas de maneira constante e ter uma visão mais clara de nossos pontos fortes, assim como identificar áreas passíveis de desenvolvimento ou potencial ainda não explorado”, finaliza a psicóloga.

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